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Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira que vão impor sanções econômicas e restrições de viagem contra o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, em retaliação pela invasão da Ucrânia.
"Os Estados Unidos se unirão (à União Europeia) para sancionar Putin, o ministro das Relações Exteriores Lavrov e o resto da equipe de segurança da Rússia", disse Jen Psaki, porta-voz da Casa Branca, em entrevista coletiva.
As sanções de Washington foram anunciadas horas depois de a União Europeia (UE) informar que vai congelar os ativos financeiros de Putin e Lavrov em solo europeu.
De acordo com a porta-voz da Casa Branca, a opção de sancionar Putin estava "sobre a mesa" há algum tempo, e nas últimas 24 horas o presidente americano, Joe Biden, tomou a decisão final após conversas com os aliados europeus.
As sanções contra Putin incluem a proibição de viajar para os Estados Unidos, disse Psaki, que repetidamente insistiu que os detalhes seriam liberados mais tarde.
Apesar da proibição de viagens dos EUA, Putin ainda poderá viajar para as Nações Unidas, cuja sede fica em Nova York, como ocorreu no passado com membros dos governos de Irã, Venezuela e Coreia do Norte sancionados por Washington.
Embora a Casa Branca não tenha dado detalhes, a punição econômica dos EUA geralmente serve para congelar a propriedade e os bens financeiros daqueles que são sancionados.
Eles também ficam proibidos de realizar transações financeiras com qualquer cidadão americano, o que em teoria dificulta seu acesso ao sistema financeiro internacional, que é baseado no dólar.
Entretanto, não se sabe que bens Putin, Lavrov e outros membros de sua equipe de segurança podem ter sob a jurisdição dos EUA.
Apesar disso, Psaki rejeitou a ideia de que as sanções são apenas um gesto simbólico e considerou que elas enviam "uma mensagem clara" sobre a forte antipatia de Washington por Putin e as ações que ele tomou na Ucrânia.