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O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (15) mais uma ação que tem como objetivo enfraquecer a China. Agora, a gestão de Donald Trump disse que vai impor proibições de viagem a funcionários da Huawei, gigante chinesa de tecnologia, e de outras empresas do país que os EUA julgam estarem ajudando na repressão aos direitos humanos.
O anúncio foi feito um dia após o secretário de Mídia do Reino Unido, Oliver Dowden, comunicar que a partir de 1º de janeiro de 2021 as empresas de telecomunicação do país não poderão comprar equipamentos da Huawei para construir a infraestrutura da internet 5G no Reino Unido. Em resposta, as autoridades chinesas alegaram que o governo britânico se “deixou enganar” pelos EUA.
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse à imprensa que a Huawei é um "braço do estado de vigilância do Partido Comunista Chinês" e que a empresa corrobora com a servidão da população chinesa.
"As empresas de comunicação de todo o mundo devem considerar o seguinte: se estão fazendo negócios com a Huawei, estão fazendo negócios com violadores de direitos humanos", afirmou Pompeo, que também falou que o governo norte-americano está finalizando um plano para minimizar o “roubo de dados” do aplicativo TikTok, febre mundial de origem chinesa.
Outras sanções
Na terça-feira (14), o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que sancionou lei que pede sanções a autoridades e entidades chinesas envolvidas na aplicação da nova Lei de Segurança Nacional em Hong Kong, que busca minar a liberdade na ex-colônia britânica. Em coletiva de imprensa na Casa Branca, o presidente também informou que assinou decreto para encerrar o tratamento especial que Washington concedia à ilha, que agora será tratada "da mesma forma que a China continental".
“Na mesma moeda”
Sobre as ações promovidas pelos Estados Unidos, a China disse que vai impor sanções contra instituições e autoridades americanas. O ministério das Relações Exteriores chinês declarou que as medidas do governo dos EUA violam as normas de relações internacionais e representam uma séria interferência nos assuntos internos da China.
"O governo chinês se opõe resolutamente e condena" a lei americana sancionada ontem, diz o comunicado. "Para proteger seus interesses legítimos, a China tomará as medidas necessárias para impor sanções contra instituições e indivíduos americanos relacionados".
Detalhes sobre essas sanções não foram revelados, mas a China disse que os esforços dos EUA em bloquear a implementação da lei de segurança nacional em Hong Kong serão "inúteis".