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Passageiro passa por equipamento de raio-x no aeroporto John Kennedy, em Nova York: detectores em aeroportos teriam dificuldades em localizar bombas não-metálicas | Andrew Burton/Arquivo/Reuters
Passageiro passa por equipamento de raio-x no aeroporto John Kennedy, em Nova York: detectores em aeroportos teriam dificuldades em localizar bombas não-metálicas| Foto: Andrew Burton/Arquivo/Reuters

As medidas de segurança em vigor nos aeroportos norte-americanos seriam capazes de detectar uma bomba não-metálica como a que supostamente seria usada em um complô recém-desbaratado da Al Qaeda iemenita, mas nem todos os aeroportos dos EUA possuem tecnologias importantes, como a de varredura corporal, disseram autoridades na terça-feira (8). Agências de inteligência dos EUA e de países aliados apreenderam nos últimos dez dias um dispositivo que parecia ser uma versão aperfeiçoada da "bomba da cueca" que um militante tentou detonar a bordo de um avião com destino a Detroit no Dia de Natal de 2009, informaram autoridades na segunda-feira. Fontes oficiais disseram que aparentemente a Al Qaeda da Península Arábica, que opera a partir do Iêmen, havia preparado o explosivo e planejava dá-lo a um militante suicida que o levaria a bordo de um avião comercial. A Al Qaeda iemenita é considerada a "filial" mais perigosa da rede militante fundada por Osama bin Laden. Na terça-feira, o Departamento de Segurança Doméstica dos EUA enfatizou a importância das medidas de segurança recomendadas a companhias aéreas e a governos de outros países. "A orientação emitida hoje simplesmente reitera e atualiza as diretrizes de segurança existentes, e estimula a continuada vigilância à luz do dispositivo recentemente apreendido", disse um funcionário do DSD. Como a bomba era parecida com a do "terrorista da cueca", o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab, as medidas em vigor "seriam capazes de evitar que esse dispositivo derrubasse um avião", disse a fonte. Outros funcionários dos EUA disseram, no entanto, que os detectores de metal existentes nos aeroportos provavelmente teriam dificuldades para denunciar uma bomba sem partes metálicas. Mas os scanners de revista corporal, que usa doses leves de radiação para vistoriar as roupas dos passageiros, poderiam detectar "anomalias", que seriam então examinadas em revistas manuais, acrescentaram as fontes. Segundo a Administração da Segurança dos Transportes dos EUA, cerca de 700 equipamentos de varredura corporal foram instalados desde 2007 em mais de 180 aeroportos de todo o país. No total, os EUA têm cerca de 450 aeroportos submetidos à segurança federal, segundo a AST. Um funcionário do DSD disse que há uma "abordagem de segurança multicamadas, que inclui listas de vigilância derivadas das agências de inteligência, detecção de comportamento, detecção de traços de explosivos e caninos". As autoridades dos EUA também manifestam preocupação com a segurança em aeroportos internacionais, já que as regras variam muito de país para país.

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