A capital dos Estados Unidos se prepara para o pior. À espera da supertempestade que se aproxima da costa leste do país, os moradores de Washington correram aos supermercados para estocar alimentos e outros produtos básicos, enquanto a meteorologia alerta que a cidade será coberta por 60 centímetros de neve, ou mais, no fim de semana.
Voos cancelados
A forte nevasca que deve atingir cidades da Costa Leste dos Estados Unidos vai afetar viajantes brasileiros. Voos da TAM saindo de São Paulo e do Rio tendo como destino o aeroporto John Fitzgerald Kennedy (JFK), em Nova York, foram cancelados e outros podem ser afetados.
Dois voos da companhia que sairiam hoje à noite de São Paulo e Rio com destino a Nova York foram cancelados. Também dois voos que sairiam amanhã de Nova York tendo como destino as duas cidades brasileiras foram cancelados.
A TAM informou que está entrando em contato com os passageiros impactados e segue monitorando as condições meteorológicas para voltar a comunicar a todos sobre a situação dos voos. A companhia pede que ainda que os passageiros verifiquem a situação de seu voo, já que eles podem ter sido reprogramados e está oferecendo alternativas aos passageiros afetados.
Em caso de dúvidas, a companhia pede que os passageiros entrem em contato pelo telefone 4002-5700 (para capitais) e 0300-570-5700 (para as demais cidades) ou procurem qualquer loja da companhia. Para os passageiros que estiverem nos Estados Unidos, o telefone é 1 888 325 9826.
Até a manhã de sexta (22) 4.600 vôos haviam sido cancelados. A expectativa é que a tempestade atinja 15 Estados por volta do fim do dia, afetando cerca de 80 milhões de pessoas.
Os governadores de Pensilvânia, Maryland, Virgínia, Carolina do Norte e Geórgia declararam estado de emergência, assim como a Prefeitura de Washington, que deve ser uma das cidades mais atingidas pela tempestade, batizada de Jonas.
A orientação é para que os moradores das áreas mais atingidas estoquem artigos básicos para até uma semana e fiquem em casa. Se as previsões se confirmarem, será o maior volume de neve já registrado na capital americana.
Numa decisão rara na cidade, as autoridades anunciaram que o metrô será fechado na noite de sexta (22) e só voltará a funcionar na segunda (25). Escolas cancelaram as aulas. O serviço público terá meio expediente, para facilitar a volta para casa dos funcionários antes que o Jonas chegue.
Funcionária do Senado, Helen Harrys preferiu não esperar. Pediu dispensa do trabalho logo de manhã e foi às compras. Com o carrinho cheio, aguardava numa longa fila que se estendia por todos os corredores de um supermercado no centro da capital.
“Às vezes a meteorologia promete e não cumpre. Mas dizem que desta vez a tempestade será épica, achei melhor me prevenir”, disse ela, moradora de Baltimore, que fica a 60 quilômetros de Washington.
Várias prateleiras estavam vazias, como a do leite, do pão e da água mineral. Na longa fila do supermercado e nas redes sociais, a tempestade era o assunto dominante, com fartas críticas à incapacidade do governo em manter a cidade funcionando.
A preocupação aumentou depois da prévia de última quarta-feira (20), quando a cidade ficou praticamente paralisada com meros 3 centímetros de neve.
Até o presidente Barack Obama ficou preso no trânsito ao voltar de viagem. O trajeto entre a base aérea de Andrews e a Casa Branca, geralmente de menos de 30 minutos, levou o dobro do tempo.
Muriel E. Bowser, prefeita de Washington, reconheceu que. “Não fornecemos os recursos num momento em quee poderia ter feito a diferença”, disse a prefeita, que também declarou estado de emergência na capital.
Pelo menos cinco estados declararam emergência na quinta-feira à tarde, enquanto a primeira grande tempestade da da temporada na Costa Atlântica começa a se mover sobre o Centro-Sul.
A autoridade de trânsito da capital, que inclui o segundo mais movimentado sistema de metrô dos EUA, disse que iria suspender as operações a partir do final de sexta-feira até domingo.
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