Atormentados pela morte de 1.216 soldados e por um custo acumulado de US$ 300 bilhões desde 2001, os Estados Unidos não disfarçam a ansiedade em pôr fim à guerra do Afeganistão, mesmo sob pena de uma humilhante declaração de derrota. Na semana passada, as tropas americanas se arriscaram a perder a verba adicional de US$ 37 bilhões para a guerra. Além disso, o principal aliado do país na região, o Paquistão, anunciou que o Taleban está vencendo o conflito.
Na terça-feira, em Paris, o presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, disse que a coalizão comandada pelos EUA "superestimou a situação no terreno e não teve consciência da escalada do problema de combater o Taleban". "Perderemos a batalha pelos corações e almas dos afegãos", afirmou Zardari, nove dias após o vazamento de documentos que provam que o Paquistão apoia também o Taleban.
Em julho, os EUA registraram a morte de 66 soldados no Afeganistão - um recorde. Este ano, até agosto, foram 269 mortos e 2 mil feridos. As baixas fizeram crescer a resistência do Congresso em aprovar a verba adicional de US$ 37 bilhões. Na bancada democrata, 102 votaram contra. Sufocado por um rombo fiscal de US$ 1,5 trilhão, os EUA desembolsaram US$ 73 bilhões no Afeganistão desde janeiro. Nos nove anos de conflito, a conta chega a quase US$ 300 bilhões, pagos pelos contribuintes, cada vez mais irritados com a corrupção no Afeganistão e com a crise nos EUA.
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