Washington (AFP) — A Casa Branca foi informada antes do que se imagina sobre a ruptura dos diques de Nova Orleans no fim de agosto, em virtude da força do furacão Katrina, o que ocasionou a inundação da cidade, denunciou ontem a imprensa norte-americana. Segundo o jornal The New York Times, o primeiro depoimento sobre a inundação, proveniente de um funcionário federal, chegou ao Departamento de Segurança Interna na segunda-feira, 29 de agosto — dia em que o Katrina devastou a costa sul —, às 21h27 locais; e à Casa Branca, à meia-noite.

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Os funcionários do governo Bush insistiram, em repetidas ocasiões, que não tinham sido advertidos do fato até a terça-feira, 30 de agosto. Segundo o Times, o primeiro testemunho veio de Marty Bahamonde, funcionário da Agência Federal de Administração de Emergência que, depois de ter sobrevoado a cidade de helicóptero e confirmado a inundação, informou à sede em Washington, que, por sua vez, notificou o Departamento de Segurança Interna.

Por um e-mail, Bahamonde indicava que a situação era muito mais séria do que anunciava a imprensa. "Encontrei uma grande inundação e mais gente atingida do que se pensa, assim como alguns incêndios", disse ele ao jornal. Na manhã seguinte, o presidente Bush, que estava de férias no Texas, se declarou aliviado de que Nova Orleans tinha se "esquivado do golpe". Mais tarde, porém, anunciou que voltaria a Washington em virtude da dimensão dos danos. O Katrina causou mais de 2 mil mortes em três estados do sul dos Estados Unidos.

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