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| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Os Estados Unidos suspenderam formalmente nesta segunda-feira (21) a proibição de doar sangue por toda a vida para homens homossexuais, substituindo a regra por uma nova, que mantém um período de espera de 12 meses após o último contato sexual.

A decisão da FDA, agência que regula os alimentos e os medicamentos nos Estados Unidos, alinha o país a outros desenvolvidos, como França, Japão e Austrália, que recentemente autorizaram a doação de sangue a homens que fazem sexo com outros homens, desde que não tenham tido relações íntimas no último ano.

A nova disposição acaba com uma proibição que data de 1983, quando a epidemia de Aids era incipiente e muitos especialistas temiam a possível contaminação dos estoques de sangue com uma doença então pouco conhecida.

“Revisando nossas políticas para ajudar a reduzir o risco de transmissão do HIV através de produtos sanguíneos, examinamos rigorosamente diferentes alternativas, inclusive a avaliação individual do risco”, disse Peter Marks, diretor do Centro de Avaliação e Pesquisa Biológica da FDA.

“O intervalo de 12 meses [entre o contato sexual e a doação[ está avalizado pelas melhoras provas científicas disponíveis neste momento da população americana”, acrescentou.

No entanto, a proibição será mantida para os profissionais do sexo e pessoas que usam medicamentos injetáveis.

“Não há dados suficientes para avalizar uma mudança nas recomendações de adiamento existentes neste momento”, indicou a FDA em um comunicado.

Para chegar a esta decisão, a FDA “examinou diferentes estudos recentes, dados epidemiológicos e compartilhou experiências de outros países que já tinham feito mudanças recentes nos prazos da política de homens que têm relações com outros homens”.

“Estes estudos publicados não documentam mudanças de riscos no fornecimento de sangue, se forem usados com um adiamento de 12 meses”, disse.

Atualmente, os hemofílicos ou pessoas com alterações na coagulação continuam esperando que se suspenda a proibição de doar sangue, embora a FDA assegure que é “para sua própria proteção, devido aos danos potenciais das grandes agulhas usadas nos procedimentos de doação”.

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