O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken| Foto: EFE/EPA/EDUARDO MUNOZ
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Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (26) a suspensão temporária do financiamento da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) devido a alegações de que vários de seus funcionários teriam participado dos ataques terroristas do Hamas contra Israel, ocorridos no último dia 7 de outubro, e que deixaram mais de 1,2 mil mortos.

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"Os EUA estão extremamente preocupados com as alegações de que 12 funcionários da UNRWA podem ter se envolvido no ataque terrorista do Hamas a Israel", disse em comunicado o Departamento de Estado americano.

Como resultado, os EUA anunciaram que suspenderam temporariamente o financiamento adicional para o órgão e analisam essas alegações e as medidas que as Nações Unidas estão tomando para lidar com elas.

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Apesar de cortar o financiamento, os EUA reconheceram que a agência desempenhou até agora um “papel fundamental no fornecimento de assistência aos palestinos”, como alimentos e medicamentos, e “salvou vidas”.

O país norte-americano enfatizou que é “importante que a UNRWA aborde essas alegações e tome as medidas corretivas apropriadas”.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, conversou nesta sexta com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, para pedir uma investigação “rápida e completa sobre esse assunto”.

O governo de Joe Biden também entrou em contato com Israel para solicitar mais informações sobre tais alegações.

A UNRWA anunciou nesta sexta-feira sua decisão de rescindir os contratos de vários de seus funcionários que supostamente teriam participado dos ataques e de iniciar uma investigação para apurar os fatos.

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O comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, disse em um comunicado que tomou a decisão de rescindir imediatamente os contratos destes funcionários e lançar uma investigação “para estabelecer a verdade sem demora", bem como "para proteger a capacidade da agência de fornecer assistência humanitária" na Faixa de Gaza.

Na nota, Lazzarini disse que essa situação ocorre depois que as autoridades israelenses forneceram à UNRWA informações sobre a suposta participação de vários funcionários da agência nos ataques contra Israel em 7 de outubro.

“Qualquer funcionário da UNRWA que tenha estado envolvido em atos de terrorismo deve ser responsabilizado, inclusive através de processos penais”, afirmou o principal representante da agência, sem especificar quantos trabalhadores estão envolvidos, os atos que Israel lhes atribui e seu suposto envolvimento com o grupo terrorista Hamas.

Israel acusou repetidamente a UNRWA de cumplicidade com o Hamas na Faixa de Gaza e afirmou que vários de seus funcionários são, na verdade, terroristas do grupo islâmico palestino, acusação que a ONU rejeita.

Com mais de 30 mil funcionários, a UNRWA é a maior organização na Faixa de Gaza fora do governo.

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Em novembro do ano passado, um mês após os ataques terroristas do Hamas, a ONG UN Watch, que fiscaliza as ações da ONU, disse que os funcionários da UNRWA tinham comemorado os ataques do Hamas em suas contas em redes sociais.

O relatório documentou 20 perfis de funcionários da UNRWA no Facebook que continham incitação ao ódio, à violência e ao genocídio contra os judeus. (Com Agência EFE)

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]