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Oriente Médio

EUA têm campanha para ajudar rivais do Hamas

Os Estados Unidos começaram discretamente uma campanha, projetada ao custo de até US$ 42 milhões, para ajudar os opositores políticos do Hamas antes de uma possível eleição palestina, disseram autoridades ligadas ao programa.

O plano para promover alternativas ao Hamas inclui fundos para ajudar a reestruturar o grupo Fatah, do presidente Mahmoud Abbas, e fornecer conselho estratégico aos partidos políticos e seculares que se opõem aos islamitas do Hamas.

"Esse projeto apóia o objetivo de criar alternativas democráticas a opções políticas islâmicas autoritárias ou radicais", apontou um documento oficial americano obtido pela Reuters.

A campanha dos EUA coincide com sinais de que Abbas está considerando demitir o governo liderado pelo Hamas, que derrotou o Fatah nas eleições de janeiro, em um processo que poderia levar a uma nova votação parlamentar.

Autoridades americanas e consultores dizem que o esforço está sendo feito discretamente a fim de proteger os palestinos que estão recebendo ajuda dos EUA -- alguns já são vistos pelos líderes do Hamas como colaboradores de Washington e de Israel.

- Não operamos com fogos de artifício e cartazes de neon para atrair atenção para nós mesmos - disse um dos participantes que trabalham com o Fatah em nome do Departamento de Estado dos EUA.

O dinheiro americano também seria usado para encorajar grupos e jornalistas locais e monitorar as atividades do Hamas, enquanto até US$ 5 milhões seriam usados para apoiar escolas particulares palestinas que oferecem uma alternativa ao sistema educacional controlado pelo Hamas.

A maioria dos programas é descrita nos documentos como nova.

Acusações

Alguns líderes do Hamas acusaram Abbas e o Fatah de servirem aos interesses do aliado de Israel, os Estados Unidos, que vêm liderando um embargo da ajuda ocidental para obrigar o Hamas a reconhecer o Estado judaico, renunciar à violência e aceitar acordos de paz com Israel.

Washington também está ajudando Abbas a expandir sua guarda presidencial.

Não houve uma reação imediata do Hamas ao plano americano.

Nos termos do Orçamento americano, US$ 42 milhões é uma quantia pequena. Mas na Faixa de Gaza e na Cisjordânia ocupada, o dinheiro pode ajudar bastante - - a quantia é mais que o triplo do total gasto pelos principais partidos e candidatos nas eleições de janeiro.

Leia mais: O Globo Online

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