Iraque
Grupo ligado à Al-Qaeda assume ataque
Folhapress, em São Paulo
Bagdá - O grupo Estado Islâmico do Iraque, considerado o braço iraquiano da rede terrorista Al-Qaeda, reivindicou ontem o duplo atentado que deixou pelo menos 155 mortos e outros 500 feridos em Bagdá no domingo passado, considerado o pior ataque terrorista ao país nos últimos dois anos.
Segundo o centro americano de monitoração de sites islamitas, o comunicado do Estado Islâmico do Iraque foi divulgado em várias páginas jihadistas.
A nota, cuja veracidade não foi ainda comprovada, diz que os atentados foram lançados contra "o Ministério da Opressão e da Tirania, chamado Ministério da Justiça, e contra o Conselho Provincial de Bagdá, chamado Conselho Legal do governo Local de Bagdá. No ataque, 24 crianças morreram.
Cabul - Oito militares americanos morreram ontem em dois ataques ocorridos no sul do Afeganistão. Com as novas ações, outubro se tornou o mês com maior número de baixas desde 2001, quando a invasão liderada pelos EUA depôs a milícia Taleban.
As novas mortes elevam para 55 o número de soldados dos EUA mortos no país em outubro. O recorde anterior havia sido registrado em agosto último, quando 51 soldados americanos morreram, no mesmo mês do conturbado primeiro turno das eleições afegãs.
"Essa perda é extremamente difícil para as famílias, assim como para todos aqueles que servem ao lado desses corajosos membros", afirmou Jane Campbell, uma porta-voz militar. "Nossos pensamentos e orações ficam com as famílias e amigos que estão em luto", acrescentou.
O maior número de baixas dos EUA no Iraque foi registrado em novembro de 2004, quando 137 americanos morreram durante uma ofensiva contra insurgentes na cidade de Fallujah.
Em um dos ataques no Afeganistão ontem, sete americanos foram atingidos quando faziam patrulhas em veículos blindados, de acordo com o porta-voz das forças armadas dos EUA, Todd Vician. Segundo ele, um civil afegão morreu no mesmo ataque. O oitavo soldado morreu em outra ação registrada no sul do país, enquanto fazia patrulha em outro veículo militar.
O exército americano divulgou um comunicado dizendo que as mortes ocorreram em devido a "múltiplas explosões" contra alvos militares. Adam Weece, porta-voz das forças americanas no sul, informou que ambos os ataques ocorreram na província de Candahar. Em Washington, um oficial da Defesa informou que uma das explosões foi seguida de intensa troca de tiros entre insurgentes e soldados. De acordo com a nota, vários soldados ficaram feridos e tiveram de ser encaminhados para um centro médico local. Não foram fornecidos detalhes sobre o estado de saúde deles.