Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Segurança cibernética

EUA tentam desenvolver tecnologia 5G para competir com a China

Estados Unidos buscam alternativas à tecnologia 5G da China (Foto: Justin TALLIS / AFP)

Ouça este conteúdo

O governo Trump está trabalhando em conjunto com empresas de tecnologia para desenvolver softwares de 5G que possam ser usados nas máquinas da maioria dos fabricantes de hardware, na tentativa de reduzir a dependência americana de hardware desenvolvido pela gigante chinesa de telecomunicações Huawei.

"O conceito geral é ter toda a arquitetura e infraestrutura 5G dos EUA executadas por empresas americanas, principalmente", disse ao Wall Street Journal o assessor econômico da Casa Branca Larry Kudlow. "Isso também pode incluir Nokia e Ericsson, porque eles têm grandes presenças nos EUA".

Kudlow disse que a Dell e a Microsoft estão atuando para desenvolver recursos de software e nuvem alinhados à iniciativa dos EUA.

Os EUA consideram que a Huawei tem conexões profundas com as forças armadas chinesas e estão preocupados com possíveis ameaças à segurança cibernética impostas pelo uso da tecnologia da Huawei. A Huawei é o principal fornecedor e fabricante global de hardware para 5G.

"O problema é que [os EUA] estão começando no final do jogo para solucionar esse problema", comentou Paul Triolo, chefe de política global de tecnologia da empresa de consultoria Eurasia Group.

A iniciativa dos EUA surge enquanto o país tenta impedir que os seus aliados adotem redes 5G da Huawei. O primeiro-ministro britânico Boris Johnson anunciou no início deste mês que a Huawei ajudaria o país a construir partes de sua infraestrutura de 5G, apesar dos graves alertas das autoridades americanas de que a medida poderia comprometer o compartilhamento de informações de inteligência.

Os EUA também estão tentando equilibrar as restrições comerciais com a China com a necessidade das empresas americanas de vender equipamentos para a Huawei para permanecer no negócio. No final de janeiro, o Pentágono diminuiu algumas restrições às empresas que vendem para a Huawei.

"Temos que estar conscientes sobre o sustento das cadeias de suprimentos dessas empresas [de tecnologia] e desses inovadores", disse o secretário de defesa Mark Esper na época.

O senador republicano Tom Cotton, um crítico de longa data da China, condenou a decisão. "Já é ruim o suficiente quando capitalistas estão dispostos a vender a corda que será usada para nos enforcar, mas pior ainda quando nossas forças armadas atuam como os lobistas deles", escreveu Cotton no Twitter. "Pretendo fazer uma análise profunda desta decisão infundada."

©2020 National Review. Publicado com permissão. Original em inglês

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.