Os Estados Unidos garantiram à Coreia do Norte que o país comunista terá um "sólido canal" para diálogo direto caso se volte às negociações nucleares. Hoje, o diplomata Washington, Stephen Bosworth, foi a cidade norte-coreana de Pyongyang com a missão de tentar retomar as negociações.
O governo comunista deixou as negociações no começo deste ano, furioso pelas críticas aos seus programas nuclear e de mísseis. Logo em seguida, a Coreia do Norte realizou seu segundo teste atômico. A visita de três dias de Bosworth a Pyongyang é a primeira oficial de um funcionário americano, desde que o presidente Barack Obama assumiu a presidência dos EUA em janeiro deste ano.
Funcionários do Departamento de Estado disseram que Bosworth, que chegou na noite de ontem, terá conversações com figuras graduadas do regime norte-coreano nesta quarta-feira, antes de partir para Seul amanhã. Eles não informaram quem Bosworth e sua delegação irão encontrar em Pyongyang.
Existe a especulação de que a Coreia do Norte irá pedir aos EUA que assinem um tratado formal de paz, em troca de voltar às negociações dos seis países (as duas Coreias, Rússia, China, Japão e EUA). Não existe tratado formal de paz entre as duas Coreias desde o final da guerra de 1950-1953. Preocupada com o fato de que os EUA mantém 28.500 soldados em guarnição na Coreia do Sul, a Coreia do Norte pede há tempos um tratado formal de paz com Washington.
Funcionários dos EUA dizem que um tratado de paz, no entanto, não faz parte da agenda de Bosworth a Pyongyang. De qualquer maneira, o porta-voz do Departamento de Estado, P.J. Crowley, disse hoje que "não nos surpreenderia" se o Norte levantasse outras questões.
"Nós vamos deixar claro que eles precisam voltar ao processo dos seis países e devem reafirmar seus compromissos" negociados no acordo de desarmamento de 2005. "Vamos dizer a eles que está aberto um sólido canal para o diálogo bilateral", disse Crowley.
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