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Tensão nuclear

EUA teriam listado dois mil alvos para bombardeios no Irã, diz jornal

Os Estados Unidos estão cada vez mais preparados para uma guerra contra o Irã e já teriam desenvolvido uma lista de dois mil possíveis alvos para bombardeios no país, segundo reportagem do jornal "Sunday Telegraph". De acordo com autoridades da Intleligência americana e da Secretária de Defesa, é cada vez maior o temor de que as negociações sobre o programa nuclear iraniano fracassem.

Oficiais do Pentágono e da CIA acreditam, segundo o jornal, que a secretária de Estado dos EUA, Condolezza Rice, estaria disposta a deixar de defender uma solução diplomática para o caso e alinhar-se com o vice-presidente Dick Cheney, sancionando uma ação militar.

O suposto apoio do Irã a insurgentes no Iraque pode levar a operações contra fábricas de armamento e centro de treinamentos iranianos. O primeiro alvo seria a base de Fajr, no sul do Irã, onde agências de inteligência do Ocidente acreditam que sejam fabricadas armas contra tropas americanas e britânicas.

- Ninguém fora deste restrito círculo sabe o que vai acontecer - disse ao jornal, em anonimato, uma fonte da área de segurança, acrescentando que "muitos, senão a maioria dos oficiais, acreditam que a diplomacia está falhando" e que "a cúpula do Pentágono acredita no mesmo". - Um ataque será a conseqüência de uma escalada gradual. Nas próximas semanas e meses, os EUA vão apontar evidências sobre as atividades iranianas no Iraque.

As autoridades de segurança acreditam que as possíveis respostas iranianas às ações americanas - como a redução do fornecimento de petróleo do Golfo - seriam a senha para dar início a bombardeios contra instalações nucleares e até contra bases militares no Irã, afirma o "Sunday Telegraph". O presidente dos EUA, George W. Bush, estaria disposto a assegurar antes do fim de seu mandato, em 2008, que o Irã não tem capacidade para detonar uma guerra nuclear.

Ministro diz que França deve estar preparada para guerra

O ministro francês das Relações Exteriores, Bernard Kouchner, disse no domingo que o seu país teria de se preparar para a possibilidade de uma guerra contra o Irã, por causa do programa nuclear iraniano, mas ele afirmou não acreditar que qualquer ação beligerante seja iminente. Em entrevista à televisão LCI e à rádio RTL, Bernard Kouchner disse que as potências mundiais deveriam usar mais sanções para evitar que Teerã consiga uma bomba atômica antes que uma guerra aconteça.

- Devemos estar preparados para o pior - disse Kouchner, acrescentando que "o pior, senhor, é a guerra.

Ele negou que a França esteja envolvida em qualquer plano sobre o assunto.

- O Exército francês não está no momento associado com ninguém, não realiza nenhuma manobra.

Kouchner disse que a França está pressionando pela adoção de sanções mais duras pela ONU contra a república islâmica.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Manouchehr Mottaki, disse em entrevista coletiva no sábado em Teerã que o combustível para a primeira usina nuclear iraniana está pronto e que foi inspecionado e lacrado por inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Teerã tem insistido que apenas quer a tecnologia nuclear para fins pacíficos, para a geração de energia.

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