O presidente dos EUA, Donald Trump, apresentou uma proposta em rede de televisão na qual defende a liberação de US$ 5,7 bilhões para a construção de um muro ou barreira de aço na fronteira com o México em troca da proteção de três anos contra deportação de milhares de jovens que imigraram quando eram crianças para os EUA com seus país sem status legal.
“Este é um compromisso de bom senso que ambos os partidos devem abraçar”, destacou Trump, ao ressaltar que sua proposta pode ser levada a votação no Senado nesta semana. Ele acredita que, com a nova legislação, poderá encerrar o mais longo fechamento parcial de repartições públicas federais dos EUA, que está no 29.º dia.
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De acordo com Trump, o sistema de imigração nos Estados Unidos é disfuncional há vários anos devido a “impasse político” e “negligência”. O presidente voltou a dizer que o país enfrenta uma crise humanitária na fronteira com o México e que a falta de controle de fronteira permite a entrada de criminosos e membros de gangues.
O presidente também defendeu a liberação de US$ 800 milhões para ajuda humanitária, US$ 805 milhões para sistemas de tecnologia para detectar o ingresso de drogas no país, contratação de 2.750 agentes de fronteira e agregar 75 equipes de juízes especializados em questões de imigração. Além disso, Trump propôs que menores da América Central possam pedir, de dentro de seus países, asilo nos EUA. Segundo o presidente dos EUA, suas sugestões visam iniciar uma boa reforma do sistema de imigração no país.
“Remédios ineficazes”
O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, disse que a proposta de Trump para acabar com a paralisação parcial do governo federal, que já dura 29 dias, oferece “remédios unilaterais e ineficazes”.
Schumer disse que, assim que Trump assinar propostas para reabrir o governo dos EUA, as negociações serão possíveis.
O líder democrata no Senado afirmou ainda que as proteções para imigrantes que Trump está propondo reviver temporariamente são escudos legais que o próprio presidente removeu. Ele diz que se oferecer para renovar essas proteções em troca de recursos para o muro é “fazer reféns”.
Antes mesmo do anúncio, a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, disse que a proposta do presidente para acabar com a paralisação foi “uma compilação de várias propostas anteriores rejeitadas, cada uma das quais são inaceitáveis”.