Pelo terceiro ano seguido, as emissões norte-americanas de gás carbônico, com finalidades energéticas, tiveram uma queda. Segundo a BP, um dos maiores conglomerados mundiais da área de energia, os Estados Unidos emitiram 5,09 bilhões de toneladas de dióxido de carbono em 2017, 0,5% a menos do que no ano anterior. O volume de emissões foi o menor desde 1992, quando foi criada a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima.
Mark Perry, professor de economia e finanças da Universidade de Michigan em Flint, atribui a queda aos “oceanos subterrâneos de gás natural dos Estados Unidos, que agora são acessíveis devido às avançadas técnicas de perfuração e extração.” O uso de gás natural na geração de energia cresceu ao ritmo anual de 2,5% entre 2006 e 2016. O país é o maior usuário deste combustível, com um quinto do consumo mundial.
O impacto imediato, segundo Perry, é a redução do uso do carvão na matriz energética da maior economia global. O uso deste combustível fóssil para a geração de energia vem caindo drasticamente nos Estados Unidos. A queda média anual no consumo foi de 4,6% ao ano entre 2006 e 2016, aponta a BP.
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Mas, apesar de o volume de emissões de gás carbônico estar em queda nos EUA, o país é o 11° maior emissor por habitante e o segundo maior em volume total, perdendo apenas para a China. Dados do Banco Mundial apontam que, em 2014 – último dado disponível -, foram 16,5 toneladas métricas per capita. Proporcionalmente, os três maiores emissores mundiais são Catar, Curaçao e Trinidad e Tobago.
O movimento norte-americano vai na contramão do mundo. As emissões de dióxido de carbono no mundo atingiram 33,4 bilhões de toneladas em 2017, 1,6% a mais do que o ano anterior. O volume é o maior desde que essas estatísticas começaram a ser levantadas, em 1965.
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As emissões vêm caindo nos países desenvolvidos, ao ritmo de 0,8% ao ano. Juntos, são responsáveis por 37,2% do gás carbônico jogado na atmosfera. É um número bem próximo ao da China e da Índia, os dois países mais populosos do globo. Um agravante: estes vêm contribuindo mais para o efeito estufa. Nos últimos dez anos, as emissões chinesas cresceram, em média, 3,2% ao ano, e as indianas, 6,0%
Um estudo realizado pela organização não governamental CDP, do Reino Unido, e divulgado no ano passado aponta que oito das maiores companhias petrolíferas do mundo são responsáveis pela maior parte da contaminação da atmosfera. Elas lançaram um quinto de todos os gases responsáveis pelo efeito estufa desde 1988, o ano em que a maioria dos governos reconheceu que as mudanças climáticas provocadas pelo homem são um risco.
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