Os democratas parecem se encaminhar para uma vitória eleitoral sobre os republicanos nas eleições legislativas dos Estados Unidos nesta terça-feira, após uma campanha alimentada por temores sobre o futuro do país, o descontentamento com a guerra do Iraque e dúvidas sobre a liderança do presidente George W. Bush.
Ao que tudo indica, os democratas devem retomar o controle da Câmara dos Deputados pela primeira vez desde 1994, mostraram pesquisas de intenção de votos. O controle do Senado depende de diversas disputas-chave que estão acirradas demais para prever.
Todos os 435 assentos da Câmara, 33 no Senado e 36 governos estaduais estão em disputa. Os democratas têm que conquistar 15 cadeiras na Câmara e seis no Senado para retomar o controle das duas Casas do Congresso.
Em algumas áreas do leste dos EUA as urnas abrem às 6h (9h, (horário de Brasília) e começam a fechar às 18h (21h, horário de Brasília), mas poderá levar horas até que os primeiros resultados sejam conhecidos.
Cerca de 50 vagas na Câmara e 10 no Senado ainda são disputadas voto a voto. Analistas independentes prevêem que os democratas ganharão entre 20 a 40 assentos, enquanto pesquisas indicam que a disputa por cadeiras atualmente com republicanos em Missouri, Virgínia, Tennessee, Montana e Rhode Island estão disputadas demais para determinar um vencedor antes.
Uma maioria democrata em ao menos uma das Casas poderá atrapalhar o que resta da agenda do presidente Bush em seu segundo mandato. Além disso, os democratas teriam a chance de investigar as decisões mais controversas do governo dele, como a guerra no Iraque.
Em uma campanha dominada pelo Iraque, Bush defendeu sua política para a guerra e questionou o que os democratas fariam diferente.
``Temos um plano para a vitória. Temos uma estratégia para vencer. E parte disso é eleger republicanos para o Congresso e o Senado'', disse Bush em um comício em Bentonville, Arkansas, na véspera da eleição.