Os Estados Unidos vão transferir qualquer suspeito de pirataria que suas forças capturarem na costa da Somália para o Quênia, onde serão processados, disse nesta segunda-feira (26) Michael Rannebergero, embaixador norte-americano no Quênia. Os Estados Unidos lideram patrulhas antipirataria na costa da Somália, onde a esse tipo de crime tem aumentado.
A discussão sobre onde levar os piratas para que sejam julgados está entre as várias questões que frustram as forças navais que lutam para conter os ataques contra navios mercantes na costa somali, onde piratas fizeram mais de cem ataques contra embarcações no ano passado e conseguiram milhões de dólares em resgates.
O embaixador norte-americano disse que é "um pouco cedo para dizer como (o acordo) será implementado".
O primeiro-ministro queniano, Raila Odinga, disse que o Quênia assinou o memorando porque os sequestros tornaram mais arriscado para os navios chegarem ao principal porto do país, Mombasa, que fica ao sul da Somália.
"Por causa da pirataria, o prêmio do seguro para bens que chegam ao nosso país subiu substancialmente", disse Odinga durante uma coletiva de imprensa conjunta com Rannebergero.
A Somália não tem um governo em atividade há 18 anos e não possui uma guarda costeira ou Marinha. O fraco governo do país, apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU), vem combatendo a insurgência islâmica nos últimos dois anos. A Grã-Bretanha também concordou em enviar seus suspeitos capturados para o Quênia. As informações são da Associated Press.
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