O presidente dos EUA, Barack Obama, disse na terça-feira que os Estados Unidos vão reforçar seu sistema antimísseis e ajudar o mundo a responder a ameaça representada pela Coreia do Norte, que desafiou a comunidade internacional ao realizar um terceiro teste nuclear.
Em seu discurso Estado da União, que teve como foco as questões econômicas internas dos Estados Unidos, Obama tocou apenas em alguns dos principais pontos de sua política externa. Ele disse que os EUA vão trazer 34 mil soldados norte-americanos de volta do Afeganistão no próximo ano e afirmou que deseja trabalhar com a Rússia para reduzir o estoque global de armas nucleares.
Obama também reconheceu preocupação com a estratégia de seu governo contra o terrorismo, e disse que vai trabalhar com o Congresso para aumentar a transparência "de nossos alvos, detenções e acusações contra terroristas", e garantir que sejam feitas de acordo com a lei norte-americana.
Coreia do Sul aumenta capacidade de sistema de Defesa
A Coreia do Sul disse nesta quarta-feira que irá acelerar o desenvolvimento de mísseis de maior alcance balísticos que podem cobrir toda a Coreia do Norte em resposta ao terceiro teste nuclear de Pyongyang.
"Vamos acelerar o desenvolvimento de mísseis balísticos com um alcance de 800 quilômetros", afirmou o porta-voz do Ministério da Defesa, Kim Min-seok, a repórteres.
Em outubro do ano passado, a Coreia do Sul chegou a um acordo com os EUA para quase triplicar a gama de sistemas de mísseis - com Seul argumentando que precisava atualizar os sistemas para combater mísseis do Norte e programas nucleares.
Os EUA têm 28.500 soldados na Coreia do Sul e garantem um "guarda-chuva" nuclear em caso de qualquer ataque atômico. Em troca, Seul aceita limites em sua capacidade de mísseis.
Antes do acordo realizado em outubro, a Coreia do Sul foi limitada a ter mísseis com um alcance máximo de 300 quilômetros.
A extensão do alcance dos mísseis sul-coreanos não vai apenas colocar toda a Coreia do Norte sob a área de um possível ataque, mas também regiões da China e do Japão.
Alguns especialistas sugeriram que a medida forneceria a Coreia do Sul uma oportunidade de realizar ataques preventivos contra as instalações nucleares norte-coreanas.
Kim disse que o Sul também deve acelerar a implantação de um sistema capaz de detectar, mirar e destruir mísseis norte-coreanos. "Os militares estão acompanhando de perto o Norte em caso de mais atos de provocação", disse o porta-voz.
Após o teste nuclear da Coreia do Norte na terça-feira, o chefe da agência de inteligência da Coreia do Sul avisou que Pyongyang pode muito bem realizar mais um teste ou um lançamento de míssil balístico nos próximos dias ou semanas. As informações são da Dow Jones.