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Clima

EUA vão propor meta para emissões de CO2 em Copenhague

Os Estados Unidos vão propor uma meta para a redução das emissões de gases que provocam o efeito estufa durante a conferência climática de dezembro em Copenhague, conforme propostas já apoiadas por líderes parlamentares norte-americanos, disse uma fonte oficial na segunda-feira.

Essa fonte, que pediu anonimato, disse também que a Casa Branca vai decidir "nos próximos dias" se e quando o presidente Barack Obama vai participar da reunião da ONU, que deve durar duas semanas e tem o objetivo de definir um novo tratado climático global - embora haja dúvidas sobre a viabilidade da aprovação de um acordo de cumprimento obrigatório.

Os Estados Unidos, maior emissor de gases-estufa em termos per capita, terão um papel determinante na conferência, mas a posição do governo Obama tem sido dificultada devido à demora na tramitação de uma nova lei climática no Senado norte-americano.

A fonte norte-americana disse que os negociadores dos EUA proporão uma meta de reduções das emissões de gases-estufa - entre os quais o mais importante é o dióxido de carbono (CO2) - que leve em conta os projetos que tramitam na Câmara e no Senado.

"Não queremos sair na frente ou contradizer o que possa ser produzido por meio da legislação. Qualquer número que colocarmos sobre a mesa será com referência àquilo que achamos que possa sair do processo legislativo", disse a fonte, sem explicar se os EUA apresentarão uma cifra ou um intervalo possível.

A Câmara já aprovou um projeto que estabelece uma redução de 17 por cento nas emissões até 2020, em relação aos níveis de 2005. A versão do Senado prevê uma redução de 20 por cento.

A Dinamarca, anfitriã da reunião da ONU, ainda espera que os participantes definam um acordo "politicamente vinculante", que leve à redução das emissões nos países desenvolvidos até 2020 e estimule os países em desenvolvimento a também desacelerarem as suas emissões, em troca de ajuda dos países ricos para se adequarem à mudança climática.

A Dinamarca disse no domingo que 65 líderes mundiais já confirmaram presença no evento de 7 a 18 de dezembro - entre eles, os governantes de Grã-Bretanha, Alemanha, França, Austrália, Japão, Indonésia e Brasil. A presença de Obama é considerada crucial para a legitimidade de um eventual acordo.

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