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O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, afirmou hoje, em Madri, que a eventual adoção de sanções contra o Irã por parte dos Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China não será legítima, nem bem recebida pela comunidade internacional.

Para Garcia, o acordo assinado pelo Irã, aceitando as condições internacionais para troca de combustível radioativo, deveria servir como primeiro passo nas negociações sobre o programa nuclear iraniano.

"Se os EUA optarem pela sanção, eles vão se dar mal. Vão sofrer uma sanção moral e política. Cabe aos EUA decidir se querem ou não um new deal com o Irã", afirmou.

Segundo o assessor, a Casa Branca já tinha, antes da assinatura do acordo pelo Irã - com intermediação decisiva do Brasil e da Turquia -, disposição para pressionar Ahmadinejad por meio de restrições econômicas. "A posição dos Estados Unidos era sim às negociações, mas após as sanções'", disse. "É ilusão pensar que o Irã, que não é um país qualquer, se deixaria abater por sanções econômicas. Outros menos fortes não se deixaram."

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