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Homem segura munição na estrada entre Benghazi e Ajdabiyah, no leste da Líbia, nesta segunda-feira | Reuters
Homem segura munição na estrada entre Benghazi e Ajdabiyah, no leste da Líbia, nesta segunda-feira| Foto: Reuters

O presidente norte-americano, Barack Obama, disse na segunda-feira que os Estados Unidos esperam transferir a liderança militar na Líbia para outros aliados em questão de dias.

Em entrevista coletiva com o presidente chileno, Sebastián Piñera, Obama afirmou que o objetivo militar na Líbia é proteger os civis dos ataques do líder líbio, Muamar Kadafi, e não tirá-lo do poder.

Porém, ele disse, a política norte-americana é que Muamar Kadafi "precisa sair".

Quanto à transferência nas operações, Obama disse que "nós prevemos que essa transição aconteça numa questão de dias e não em semanas".

Na segunda-feira, forças leais a Muamar Kadaficercaram Misrata, o único reduto rebelde no oeste da Líbia, num ataque que deixou ao menos nove mortos e interrompeu o fornecimento de água, disseram moradores.

A primeira onda de ataques do sábado deteve o avanço das forças de Muamar Kadafiem Beghazi e atingiu as forças aéreas da Líbia a fim de permitir que aviões ocidentais patrulhassem o céu do país, mas os rebeldes não conseguir fazer avanços imediatos em terra.

Ampliação

A zona de exclusão aérea aprovada pela ONU sobre a Líbia será ampliada e logo terá uma cobertura de 1.000 quilômetros, quando chegarem à região novas aeronaves de países da coalizão, disse o chefe do comando dos EUA na África nesta segunda-feira.O general Carter Ham informou ao Pentágono que a coalizão de forças aéreas continua a realizar missões de voo para garantir a zona de exclusão aérea e que forças de solo líbias estavam se movimentando ao sul da capital rebelde de Benghazi, mostrando "pouca vontade ou capacidade" de operar.

General britânico nega que Kadafi seja alvo de ação

O chefe das Forças Armadas do Reino Unido, general David Richards, afirmou nesta segunda-feira (21) que o governante da Líbia, Muamar Kadafi, "absolutamente não era" um alvo da ação militar no país africano. Richards disse que não havia permissão para atacar Kadafi, de acordo com a resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovando ações militares na Líbia, que pede ações para proteger civis.

O general falou após o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, recusar-se a descartar um ataque aéreo que poderia atingir especificamente Kadafi. Mas Richards descartou qualquer tentativa de atacar o líder líbio. "Absolutamente não. Isso não é permitido na resolução da ONU e não é algo que quero discutir mais", disse o general à rede BBC.

Em entrevista mais cedo à rádio da BBC, Hague recusou-se a falar sobre detalhes de alvos militares. Questionado sobre se as forças de segurança poderiam matar Kadafi, caso ele siga atacando a população, Hague afirmou: "Eu não vou especular sobre alvos. Isso depende das circunstâncias na hora."

O ministro da Defesa, Liam Fox, disse ontem que Kadafi poderia ser um alvo legítimo da ação internacional. Mas ressaltou que seria preciso avaliar os riscos de mortes de civis em uma ação do tipo.

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