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Os EUA veem indícios de que um sistema antiaéreo russo pode ter atingido o avião da Azerbaijan Airlines (AZAL), fabricado pela Embraer, que caiu no Cazaquistão, segundo veículos de imprensa americanos.
De acordo com as redes de televisão ABC News e CNN, que citaram fontes oficiais americanas não identificadas, há evidências de que o avião pode ter sido abatido por um míssil terra-ar russo de um sistema Pantsir-S1.
A ABC News ressaltou que, se a Rússia realmente atacou o avião azerbaijano, seria outro exemplo de imprudência de Moscou na guerra com a Ucrânia. O avião estava sobrevoando uma área onde a defesa aérea russa tem combatido drones ucranianos recentemente.
Outra fonte oficial disse à CNN que as primeiras indicações são de que um sistema antiaéreo russo pode ter derrubado o avião de passageiros, causando a morte de ao menos 38 das 67 pessoas a bordo.
Indícios apontam que um sistema russo atingiu o E190 da Embraer operado pela Azerbaijan Airlines antes que ele caísse perto da cidade de Aktau, disse a fonte ouvida pela CNN.
Se esses indícios forem confirmados, poderia se tratar de um caso de identificação equivocada, com unidades russas mal treinadas disparando negligentemente contra drones ucranianos, declarou a fonte.
O avião viajava de Baku, no Azerbaijão, para Grozny, na república da Chechênia, que faz parte da Rússia, quando caiu perto de Aktau, no Cazaquistão, para onde foi desviado devido ao mau tempo, de acordo com agências de notícias russas.
Duas fontes do governo azerbaijano disseram à Agência EFE nesta quinta-feira que a aeronave foi atingida por estilhaços de um míssil terra-ar enquanto estava no espaço aéreo de Grozny.
O governo azerbaijano evitou comentar o assunto, limitando-se a dizer que, no momento, não está vinculado a uma versão exclusiva, e pediu que os resultados das investigações sejam aguardados.
O Kremlin também pediu que não sejam tiradas conclusões precipitadas sobre as causas da queda do avião, cujas caixas-pretas foram encontradas nesta quinta no local da tragédia.
A Rússia voltou a se manifestar sobre o assunto nesta sexta-feira. A autoridade aeronáutica russa Rosaviatsia admitiu que o aeroporto de Grozny, onde pousaria o avião fabricado pela Embraer e operado pela companhia Azerbaijan Airlines (AZAL), havia implementado um "plano de contingência" em resposta a ataques de drones ucranianos na região da Chechênia.
“A situação na área do aeroporto de Grozny era extremamente complexa. Drones ucranianos realizavam ataques terroristas contra as cidades de Grozny e Vladikavkaz”, disse o chefe da Rosaviatsia, Dmitry Yadrov, citado pela agência de notícias russa TASS.
Por causa disso, de acordo com ele, o aeroporto de Grozny ordenou “a saída imediata de todas as aeronaves da região". Ainda segundo Yadrov, “o comandante da aeronave tentou, sem sucesso, pousar duas vezes em Grozny”, e os controladores de tráfego aéreo “sugeriram outros aeroportos”.