Personagem
Papa Francisco pede ajuda para proteger a população iraquiana
Efe
O papa Francisco expressou preocupação com a violência no norte do Iraque, que afeta sobretudo os cristãos, e pediu ajuda para proteger a população iraquiana.
A assessoria de imprensa do Vaticano distribuiu ontem uma nota em que Francisco faz um apelo à comunidade internacional para que ponha fim a "esse drama humanitário e proteja todos os que estão sendo ameaçados pela violência", e que forneça "as ajudas necessárias para todos os deslocados".
O Vaticano informou que o papa acompanha "com preocupação as notícias dramáticas que chegam do norte do Iraque, onde os mais afetados são as comunidades cristãs que devem abandonar seus povoados por causa da violência".
O comunicado cita as palavras do pontífice argentino no Ângelus do dia 20 de julho, quando lembrou os cristãos perseguidos pelos militantes do Estado Islâmico. Diante das notícias mais recentes, ainda segundo o Vaticano, o papa Francisco renova a proximidade espiritual com todos os que estão atravessando essa situação difícil e se une aos bispos locais para invocar "o dom da paz".
A mensagem termina com uma oração do papa em que pede "um verdadeiro diálogo e reconciliação". "A violência não se derrota com violência. A violência se ganha com a paz", disse o pontífice.
1991
Os EUA protegeram os curdos dos ataques do ditador Saddam Hussein durante a Guerra do Golfo, em 1991, com o envio de ajuda humanitária e a implantação de exclusão aérea na área onde hoje é o território autônomo curdo.
A Casa Branca condenou ontem a última ofensiva jihadista no norte do Iraque, denunciando uma "situação próxima de uma catástrofe humanitária", enquanto o presidente Barack Obama analisa a possibilidade de realizar ataques aéreos contra os insurgentes.
O Conselho de Segurança da ONU pediu ontem à comunidade internacional que apoie o governo iraquiano na luta contra o avanço dos jihadistas do Estado Islâmico (EI) no norte do Iraque.
Em uma declaração unânime, os 15 membros do Conselho, que se reuniu ontem, convidaram a "comunidade internacional a apoiar o governo e o povo do Iraque a fazer todo o possível para aliviar o sofrimento da população".
Os integrantes do Conselho se declararam "escandalizados" pelos milhares de yazidis e cristãos expulsos de suas casas pelas forças do EI e advertiram que os refugiados precisam de "ajuda humanitária urgente".
O Conselho advertiu que a perseguição de minorias "pode constituir crime contra a humanidade" e exortou "todas as partes a facilitar a entrega de ajuda humanitária" aos refugiados.
Ontem à noite, a CNN informou que aviões americanos lançaram contêineres com alimentos e medicamentos para atender dezenas de milhares de iraquianos ameaçados de morte pelos jihadistas do EI. Já o jornal The New York Times chegou a citar fontes curdas para afirmar que os bombardeios contra os militantes haviam começado. Pouco depois, o Pentágono desmentiu as notícias.
A informação oficial, até o fechamento desta edição, era de que o presidente Barack Obama estava considerando as duas possibilidades de bombardear insurgentes e de enviar ajuda.
Obama tem estudado uma série de opções com seus conselheiros na Casa Branca para ajudar aqueles que tiveram de fugir da cidade de Sinjar. Refugiados nas montanhas próximas, eles podem morrer de sede e de fome.
Pentágono
Reportagens de que os Estados Unidos têm feito ataques contra alvos no Iraque não são precisas, afirmou ontem um porta-voz do Pentágono, enquanto militantes islâmicos avançavam no norte do território iraquiano. "Reportagens de que os EUA conduziram ataques aéreos no Iraque são completamente falsas", disse o contra-almirante John Kirby em mensagem publicada no Twitter. "Nenhuma ação do tipo foi realizada." Os comentários de Kirby foram feitos depois que autoridades norte-americanas disseram que o governo Obama aprovou a distribuição aérea de ajuda humanitária no norte do Iraque e está considerando ataques contra militantes do Estado Islâmico, uma dissidência da Al-Qaeda.
Fuga
Rebeldes do Estado Islâmico controlaram um posto militar perto da fronteira do Curdistão iraquiano e da cidade de Irbil, capital da região autônoma, e invadiram Qaraqosh, cidade cristã da qual fugiram mais de 100 mil habitantes.
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