Os Estados Unidos disseram nesta quarta-feira (17) que os dois carros-bomba que explodiram diante da embaixada norte-americana no Iêmen tinham "todas as indicações" de um ataque da Al Qaeda, mas nenhuma conclusão foi feita sobre a responsabilidade pelo ataque.
"Depois de conversar com o pessoal de segurança, vimos que o ataque tem todas as indicações da Al Qaeda. Há múltiplos veículos, além de pessoal a pé", disse o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Sean McCormack, quando perguntado sobre o grupo suspeito de ser responsável pelo ataque.
Pelo menos 16 pessoas, incluindo seis dos responsáveis pelos ataques, foram mortas nas explosões, segundo informou uma autoridade do Ministério do Interior iemenita.
McCormack disse que um guarda da embaixada dos Estados Unidos, cidadão iemenita, está entre os mortos e que todo o corpo diplomático norte-americano está em segurança.
Um grupo chamado Jihad Islâmica no Iêmen assumiu a autoria dos ataques, mas McCormack disse que não ficou claro quem estava por trás das explosões ou se o grupo agia em nome da Al Qaeda -- responsável pelos ataques de 11 de setembro de 2001.
"A esta altura, não estou pronto para delimitar as ligações exatas mas, mais um vez, se você considerar o ataque, ele se parece muito com o que temos visto da Al Qaeda", disse McCormack. "Não farei nenhum juízo a esta altura".
Uma autoridade antiterrorismo norte-americana também disse que ainda é cedo para apontar a autoria do ataque, mas repetiu a frase de McCormack sobre a Al Qaeda.
McCormack disse que os Estados Unidos tinham "suspeitas" sobre o grupo que assumiu a responsabilidade pelo ataque, mas as explosões obviamente foram muito bem planejadas e sofisticadas.
Um carro-bomba explodiu no posto de guarda, do lado de fora da embaixada, e outro explodiu perto da entrada de pedestres.
Vários militantes foram vistos a pé. O objetivo parecia ser romper o muro da embaixada, que é bastante fortificada, e aumentar os danos e as mortes, segundo McCormack.