Os Estados Unidos vetaram, nesta terça-feira (20), pela terceira vez, uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a guerra na Faixa de Gaza, desta vez uma iniciativa apresentada pela Argélia que pedia um cessar-fogo imediato.
A resolução teve 13 votos a favor, uma abstenção do Reino Unido e um voto contrário dos EUA, que têm poder de veto devido ao seu status de membro permanente do Conselho juntamente com Rússia, China, França e Reino Unido.
A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, justificou o seu voto alegando que a resolução colocaria em risco as “delicadas negociações” em curso e que a realização da votação hoje foi “irresponsável”.
Estas negociações, segundo especificou, estão sendo levadas a cabo pelo seu país juntamente com Egito e Catar a favor de uma pausa de seis semanas nos combates. "Acreditamos que esta resolução (argelina) poderá ter um impacto negativo nestas negociações (...) e poderia prolongar os combates entre o Hamas e Israel”, declarou Thomas-Greenfield.
A novidade neste momento - segundo a embaixadora - é que os Estados Unidos estão trabalhando em uma outra resolução própria, na qual pela primeira vez exigirão um cessar-fogo temporário ao seu aliado Israel "quando as condições estiverem reunidas", e após a libertação de todos os reféns detidos pelo Hamas.
Desde o início da guerra em Gaza, os Estados Unidos já vetaram três resoluções que pediam seu fim: a primeira foi apresentada pelo Brasil em 18 de outubro e pedia a Israel “pausas humanitárias” em Gaza. Posteriormente, em 8 de dezembro, Washington vetou outra resolução semelhante apresentada pelos Emirados Árabes Unidos que exigia um cessar-fogo imediato.
A Argélia preparou seu primeiro projeto de resolução em 31 de janeiro, mas os EUA pediram-lhe em várias ocasiões que adiasse a votação para ter tempo de introduzir mudanças. No entanto, nenhuma das modificações foram do agrado de Washington.
“Na questão do cessar-fogo em Gaza, está claro que não é que o Conselho de Segurança não apresente um consenso esmagador (a seu favor), mas o veto dos Estados Unidos é o que anula esse consenso", criticou o embaixador chinês na ONU, Zhang Jun. (Com Agência EFE)
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