Os Estados Unidos vetariam uma declaração sobre um Estado palestino no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), disseram na segunda-feira senadores norte-americanos em visita a Israel.
Eles afirmaram que a ameaça feita por autoridades palestinas de levar a questão para a ONU era perda de tempo. E exortaram os países árabes a conter os palestinos.
"Será uma perda de tempo", disse o senador democrata Ted Kaufman em entrevista coletiva em Jerusalém.
O senador independente Joseph Lieberman afirmou que uma declaração de Estado que seja "essencialmente unilateral" era a única coisa que não faria avançar o processo de paz, atualmente paralisado.
"Eu espero e pressuponho que os EUA vetariam uma proposição desse tipo se ela algum dia chegasse ao Conselho de Segurança", afirmou Lieberman. Segundo ele, a única maneira de por fim ao conflito no Oriente Médio seria um acordo alcançado por meio de negociações bilaterais.
Os palestinos deveriam "dar ao novo governo de Israel uma oportunidade na mesa de negociações", acrescentou.
Sem estabelecer um cronograma, autoridades palestinas disseram no domingo que a liderança palestina planeja ir à ONU em um esforço para garantir apoio internacional para um Estado independente na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
Elas afirmaram que a medida surgia da frustração com a ausência de progresso nas conversações de paz, paralisadas há um ano devido ao impasse com relação à demanda palestina para que Israel congele as obras nos assentamentos construídos em território ocupado na Cisjordânia.
Negociações
Israel reagiu rapidamente, advertindo que um acordo de paz negociado é a única solução ao conflito, enquanto a declaração de Estado sem um acordo prévio levaria a medidas israelenses que poderiam incluir a anexação de um território maior da Cisjordânia.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que "não há substituto para as negociações entre Israel e a Autoridade Palestina e qualquer caminho unilateral apenas descarrilaria a estrutura de acordos entre nós".
Na segunda-feira, no entanto, o principal negociador palestino, Saeb Erekat, disse que já estavam sendo tomadas as medidas para buscar uma decisão do Conselho de Segurança da ONU para o reconhecimento do Estado palestino.
Ele afirmou que Israel, por 18 anos, vinha "impondo fatos no terreno ao roubar terras palestinas e construir assentamentos e barreiras com vistas a acabar com o projeto de dois Estados".
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