Os Estados Unidos retomaram na quinta-feira a deportação de haitianos pela primeira vez desde que um terremoto devastou o miserável país caribenho, em janeiro de 2010.

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Barbara Gonzalez, porta-voz do Departamento de Fiscalização de Imigração e Alfândegas, disse que 27 cidadãos haitianos com antecedentes criminais nos EUA foram repatriados para o Haiti.

"São as primeiras remoções desde que elas foram suspensas no ano passado," disse Gonzalez em resposta por e-mail à Reuters, confirmando o final da moratória nessas deportações, declarada imediatamente depois do terremoto de 12 de janeiro de 2010, que matou cerca de 250 mil pessoas.

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"Todos os removidos eram homens, previamente condenados por um crime nos EUA," acrescentou ela.

Anteriormente, a porta-voz havia anunciado que as repatriações eram consistentes com uma política de retirar dos EUA haitianos que constituíssem "uma ameaça à segurança pública."

O jornal Miami Herald disse que entre os deportados está Lyglenson Lemorin, de 35 anos, que residia legalmente nos EUA e foi absolvido em dezembro de 2007 num processo de conspiração terrorista em Miami. O caso ficou conhecido como "Os Sete de Liberty City".

O governo Obama vinha preparando discretamente, desde o final do ano passado, a retomada das deportações de haitianos.

O Haiti, país mais pobre das Américas, ainda está se recuperando da devastação causada pelo terremoto, e, além disso, enfrenta uma epidemia de cólera que já matou quase 4.000 pessoas e instabilidade política devido a discordâncias sobre os resultados do primeiro turno da eleição presidencial de novembro.

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Autoridades de imigração dos EUA haviam dito anteriormente que só iriam deportar haitianos que tivessem sido condenados por algum crime e terminado de cumprir suas penas, como parte das remoções forçadas neste ano.

Mas outros haitianos, inclusive não-criminosos e os que tivessem um status migratório especial, conhecido como Status de Protegido Temporário, também poderiam ser retirados dos EUA mais para o final do ano.

Não ficou claro quantas pessoas no total devem ser devolvidas para o Haiti neste ano por terem cometido crimes nos EUA.