O eurodeputado espanhol Luis Herrero, que foi expulso nesta sexta-feira (13) pelo governo da Venezuela, já está em São Paulo. Ele chegou neste sábado (14) e aguarda um voo para a Espanha.
O governo espanhol disse que prepara uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar o eurodeputado, que, criticou o conselho eleitoral venezuelano. A Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero.
Embarque
Na noite desta sexta-feira, uma equipe da polícia foi ao aeroporto da cidade Maiquetía, a 30 km de Caracas, para entregar a Herrero seus pertences e também escoltá-lo. Porém, quando os policiais chegaram lá, receberam a confirmação de que o político já havia embarcado com destino ao Brasil.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela havia pedido nesta sexta que o governo expulsasse "imediatamente" do país o eurodeputado, por cinsiderar que ele deu declarações contra esse organismo venezuelano.
A presidente do CNE, Tibisay Lucena, fez o pedido ao Ministério das Relações Exteriores através de um discurso de rádio e televisão transmitido a todo o país. Lucena disse que as declarações de Herrero foram uma "agressão" contra o CNE e contra a Venezuela.
Herrero foi à Venezuela junto com outros políticos europeus, convidado pelo opositor Partido Social-Cristão (Copei). Em declarações à cadeia local "Globovisión", criticou, entre outras, a decisão do CNE de fixar o fechamento dos centros de votação às 18 horas (20h30, Brasília) em vez das 16 horas (18h30), como em ocasiões anteriores.
A Venezuela realiza neste domingo (15) um referendo que decidirá sobre o direito à reeleição ilimitada de vários cargos públicos, incluindo o de presidente, ocupado desde 1999 por Hugo Chávez.
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