Monumento foi um presente da França aos EUA| Foto: EPA/PETER FOLEY
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O eurodeputado francês Raphaël Glucksmann, do partido Place Publique, de centro-esquerda, afirmou neste domingo (16) que os Estados Unidos deveriam "devolver" a Estátua da Liberdade à França. Em um discurso crítico à administração do presidente Donald Trump, Glucksmann acusou os EUA de “desprezarem” os valores de liberdade e democracia que a estátua simboliza.

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“Vamos dizer aos norte-americanos que escolheram ficar do lado dos tiranos, aos que demitiram pesquisadores por exigirem liberdade científica: ‘Devolvam-nos a Estátua da Liberdade’”, declarou. “Nós a demos a vocês como um presente, mas aparentemente vocês a desprezam. Então, vai ficar melhor se voltar para casa”, acrescentou o político francês.

A declaração ocorre em meio a pressão dos EUA contra a Europa, que envolve tarifas, e a negociação pelo fim da guerra na Ucrânia, onde os americanos pressionaram nos últimos dias os ucranianos para que concordassem com um cessar-fogo. Os EUA, sob a liderança de Trump, também afastaram os europeus das negociações diretas com a Rússia, liderada pelo ditador Vladimir Putin.

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A fala de Glucksmann não passou despercebida pela administração Trump. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, minimizou as declarações do eurodeputado durante coletiva nesta segunda-feira (17), chamando-o de “um político francês irrelevante”. Em tom provocativo, Leavitt mencionou a Segunda Guerra Mundial ao rebater a sugestão de que os EUA não representariam mais os ideais da Estátua da Liberdade.

“É apenas por causa da América que os franceses não estão falando alemão agora”, disse. “A França deveria ser muito grata ao nosso grande país.”

A Estátua da Liberdade foi um presente da França aos EUA em 1884, sendo instalada no porto de Nova York em 1886. Criada pelo escultor francês Frédéric Auguste Bartholdi, a estátua foi concebida como um símbolo de liberdade e democracia, recebendo milhões de imigrantes que chegavam ao país em busca de oportunidades.