Apertando o cerco
Restrições da União Europeia e dos Estados Unidos aumentam
2004 Estados Unidos impõem sanções econômicas, afirmando que a Síria apoia o terrorismo no Iraque.
Mai.2010 EUA renovam sanções sob alegação de que Damasco forneceu mísseis ao Hezbollah.
Mai.2011 EUA e União Europeia intensificam sançõe; medidas atingem familiares e pessoas próximas ao ditador.
Ago.2011 EUA aumentam para 30 o número de indivíduos na "lista negra" das sanções, por estarem associados à repressão.
Nov.2011 Liga Árabe suspende Síria como membro e anuncia sanções; UE decide nova rodada de medidas.
Ministros do Exterior da União Europeia anunciaram ontem que vão ampliar sanções a 18 sírios em resposta à violência com que o regime tem reagido aos protestos pró-democracia no país.
Os nomes dos afetados pelas medidas devem ser divulgados nos próximos dias. Essas pessoas podem ter restrições em viagens, além de perder o acesso a empréstimos de bancos de investimento.
O anúncio foi um entre uma série de golpes diplomáticos desferidos à Síria ontem. O rei Abdullah II, da Jordânia, pediu que o ditador sírio, Bashar Assad, "deixe o cargo", em uma entrevista à rede de televisão pública BBC.
"Acredito que, se estivesse em sua posição, deixaria o cargo. Deixaria o cargo e asseguraria que qualquer um que viesse depois de mim tivesse a capacidade de mudar o status quo que estamos vendo", declarou Abdullah II, tornando-se o primeiro líder árabe a pedir a renúncia de Assad.
O monarca jordaniano insistiu que o presidente sírio deve inaugurar uma nova era política de diálogo na Síria para permitir que sejam implementadas reformas após meses de repressão a protestos por parte do regime.
As declarações de Abdullah II foram feitas dois dias após a Liga Árabe ter suspendido a Síria como membro da organização por sua rejeição em aplicar o plano árabe para pôr fim à crise, como havia prometido, e de ter ameaçado o país com sanções.
A China, por sua vez, instou o país a aplicar o plano de paz acordado com a Liga Árabe.
Aumento da pressão
A Síria parece cada vez mais isolada, mas ainda tem o apoio da Rússia, que disse ontem que a Liga Árabe tomou a decisão errada e acusou o Ocidente de estimular os adversários de Assad.
O ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Moualem, afirmou que a decisão da Liga de suspender o país do grupo, que entra em vigor amanhã, foi "um passo extremamente perigoso" num momento em que Damasco estava implementando um acordo para acabar com a violência e iniciar um diálogo com a oposição.
A Síria pediu uma cúpula emergencial da Liga Árabe, em um aparente esforço para evitar a sua suspensão. A Liga ainda não respondeu ao pedido.
A Embaixada da Turquia na Síria foi atacada por manifestantes, após a suspensão na liga.
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