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Sanções

Europa aumenta pressão contra o Irã

Policial vigia embaixada do Irã em Londres, que foi fechada | Ki Price/Reuters
Policial vigia embaixada do Irã em Londres, que foi fechada (Foto: Ki Price/Reuters)

A exemplo da vizinha Síria, a União Europeia ampliou ontem sanções contra o Irã. O país é pressionado devido a seu programa nuclear, que o Ocidente crê ter fins belicosos, e pela depredação da embaixada britânica em Teerã na terça-feira.

Ontem foram adicionados novos nomes às "listas negras" – que proíbem transações econômicas, principalmente as ligadas aos setores nuclear e petroquímico.

Os ministros do Exterior da UE não chegaram a um acordo, porém, a respeito de embargo ao petróleo iraniano.

De acordo com Alain Juppé, ministro do Exterior francês, a Grécia -que importa petróleo iraniano- se opôs ao embargo. As negociações para aprovar a medida, porém, devem continuar.

As medidas anunciadas ontem pelo bloco afetam 37 pessoas e 143 entidades. Os EUA estudam o plano, por sua vez, de congelar bens do banco central iraniano.

Atrito

A invasão da embaixada britânica aprofundou a crise entre o país e o Ocidente. Diversas nações convocaram seus embaixadores no país para discutir a questão.

O Reino Unido retirou seus diplomatas do país e fechou a embaixada. Os diplomatas iranianos foram, por sua vez, retirados do país britânico.

Cresce, também, o temor de uma ação militar por parte de Israel. O ministro da Defesa do país, Ehud Barak, afirmou que não há planos para atacar "agora".

"Não temos intenção de agir no momento. Não devemos nos en­­volver em uma guerra quando ela não é necessária, mas pode chegar um momento em que teremos de enfrentar alguns testes", disse Barak, falando à rádio pública israelense. "Nossa posição não mudou em três pontos: um Irã nuclear é inaceitável, estamos de­­terminados a impedir isso e todas as opções estão sobre a mesa."

Barak se disse confiante de que, no caso de Israel lançar uma ação militar contra o Irã, isso não seria devastador para o país. "A guerra não é um piquenique, mas se Israel for forçado a agir, nós não teremos 50 mil, 5 mil e nem 500 mortos", ele disse.

Os Estados Unidos afirmaram não ter certeza de que Washington seria avisada caso Israel decidisse pela ação.

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