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A Romênia e a Bulgária, os dois mais novos membros da União Europeia (UE), tiveram a entrada barrada no Acordo de Schengen, o pacto europeu que permite viagens de cidadãos sem passaportes entre os países do bloco. Os dois países balcânicos entraram na UE em 2007, mas não houve consenso nesta quinta-feira em Bruxelas para que o acesso da Romênia e da Bulgária fosse aprovado em votação. A falta de aprovação foi criticada por outros países do Leste que já aderiram ao acordo, como a Polônia. Enquanto a Romênia evitou críticas e disse confiar numa aprovação futura, a Bulgária disse que a falta de acordo pode minar o projeto europeu.

A UE voltará a discutir a adesão da Romênia e Bulgária a Schengen no próximo mês, em reunião do Conselho da Europa.

"Hoje a promessa foi quebrada", disse o ministro do Interior da Polônia, Jerzy Miller. Segundo ele, os dois países cumpriram com os requerimentos para a entrada no sistema. A Polônia detém a presidência rotativa da UE. "Tudo isso me leva a tirar conclusões tristes sobre a confiança entre os Estados membros" da UE, disse o ministro polonês.

O ministro do Interior da Bulgária, Tsvetan Tsvetanov, foi mais duro nas críticas. Em declarações à Rádio Nacional da Bulgária, ele afirmou que os representantes da Finlândia e da Holanda no encontro disseram "que não tinham um mandato" para apoiar a expansão.

"Esta posição, que é prejudicial para a Bulgária e a Romênia, faz parte de acordos políticos internos na Holanda e na Finlândia e mina as fundações do projeto europeu", disse Tsvetanov.

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