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A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, no Parlamento Europeu: temor de onda migratória | Jean-Marc Loos/Reuters
A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, no Parlamento Europeu: temor de onda migratória| Foto: Jean-Marc Loos/Reuters

Crise atual teve origem na Tunísia e se agravou com guerra civil na Líbia

A crise migratória atual na Eu­­ropa teve início com a revolução na Tunísia, em janeiro deste ano. O ex-presidente Ben Ali de­­ter­­mi­­nou violenta repressão aos protestos pro democracia que eclodiram em todo o país, o que provocou fuga em massa de tunisianos. Muitos buscaram a Euro­­pa, principalmente a França.

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Turista enfrentará burocracia

As alterações no Acordo de Schen­­gen , para o controle das fronteiras na Europa, debatidas ontem pelos ministros do interior da União Europeia, podem mudar a rotina dos turistas que viajam pelo continente e tornar mais burocrático o trânsito entre os países.

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Opinião

Onda migratória tem causas globais

Juliano Cortinhas, coordenador do curso de Relações Internacionais do Centro Universitário Curitiba (Unicuritiba)

Apesar do retrocesso que o assassinato de Bin Laden representou em relação à importância das normas e da cooperação internacional, já que os EUA não sofrerão quaisquer represálias por quebrar princípios fundamentais de Direito, a interdependência continua sendo a principal força das relações internacionais.

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Bruxelas - A União Europeia (UE) avançou ontem nas negociações para adotar medidas com o objetivo de enfrentar a imigração ilegal. Dian­­te da forte pressão de partidos po­­pulistas e xenofóbicos, a maioria dos países europeus apoiou em reunião realizada em Bruxe­­las uma proposta para restabelecer os controles pontuais em suas fronteiras internas.

A iniciativa, defendida inicialmente por França e Itália, foi de­­batida pelos ministros do Interior da União Europeia (UE) em busca de soluções diante da chegada de imigrantes norte-africanos que fogem das revoluções em curso em seus países.

"Das cerca de 400 mil pessoas que fugiram nas últimas duas semanas do conflito líbio, apenas umas poucas chegaram à Europa, mas são suficientes para fazer refletir sobre como devemos en­­frentar a situação", argumentou a comissária europeia de Imigra­­ção, Cecilia Malmstrom.

A livre circulação de pessoas nos países da região é garantida pelo Tratado de Schengen, assinado em 1985, mas uma cláusula do acordo permite aos Estados membros fechar suas fronteiras por circunstâncias excepcionais, co­­mo uma partida de futebol de ris­­co ou uma ameaça à segurança.

Agora, a UE se dispõe a examinar se essa exceção pode ser aplicada para controlar a imigração ilegal, e a questão pode ser decidida na próxima cúpula de chefes de Estado e de governo, marcada para o fim de junho, em Bruxelas.

Reprovação

A Anistia Internacional aproveitou o lançamento de seu relatório anual sobre a situação dos direitos humanos no mundo, ontem, para fazer uma dura crítica à forma como a Europa tem tratado os migrantes que fogem da violência na África.

"Vai ser difícil para alguns líderes europeus encarar alguém do Irã ou da China e querer dar lições de respeito aos direitos humanos depois do que estão fa­­zendo aqui’’, disse Salil Shetty, secretário-geral da entidade, du­­rante entrevista em Londres.

Segundo a Itália, principal por­­ta de entrada desses migrantes, cerca de 30 mil já aportaram no continente. Os imigrantes não são bem recebidos. A Itália os mantém em centros superlotados. A França chegou a fechar a fronteira para impedir a entrada deles.

Além disso, muitos morrem na travessia do Mediterrâneo em barcos improvisados.

A Otan (ali­­ança militar do Ocidente) e a França foram acusadas de não socorrer um barco à de­­riva; 61 morreram. Para a Anis­­tia Interna­­cional, o problema dos migrantes africanos se soma ao dos ciganos para envergonhar a Europa.

Em 2010, a França expulsou vários de seu território (mesmo com cidadania europeia). Alegou não terem dinheiro para se manter no país.

Apesar desses problemas, o relatório da Anistia, que contempla 157 países, aponta avanços no mundo. Para a entidade, a tecnologia (internet e redes sociais) e o site WikiLeaks permitiram maior difusão de informações e facilitaram a mobilização das pessoas contra regimes opressores.

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