O membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE) Benoît Coeuré disse neste sábado que o euro só continuará sendo uma moeda forte se os governos da zona do euro adotarem ações para reduzir seus déficit orçamentários e repensar suas políticas sociais.

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Em discurso na Universidade Harvard, Coeuré afirmou que a Europa precisa renovar e redefinir seus contratos sociais, tanto no que diz respeito às relações entre os Estados membros e as instituições europeias, como no que se refere a acordos intergeracionais que moldam os mercados de trabalho e os sistemas de aposentadorias. Ele citou como exemplo a taxa de desemprego entre os jovens na zona do euro, que está em 24%.

"As políticas fiscais estão no centro do contrato, porque a confiança na moeda exige confiança nos governos. A prodigalidade fiscal prolongada resulta em um banco central impotente e uma moeda degradada", comentou Coeuré.

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O membro do BCE também explicou que redes de segurança melhores, mais regras conjuntas e processos centralizados de tomada de decisão terão de fazer parte do novo contrato social da zona do euro, notadamente em relação ao acesso dos países aos mecanismos de apoio, como o Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês) e o programa de compras de bônus do BCE, chamado de Transações Monetárias Completas (OMT, em inglês).

"A premissa básica do novo contrato social entre os países da zona do euro é que eles terão de obedecer as regras da comunidade e, quando eles fizerem isso, vão se tornar elegíveis ao apoio mútuo", comentou Coeuré. As informações são da Dow Jones.