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Washington – A Europa e os Estados Unidos decidiram ontem suspender sua ajuda direta ao governo palestino, dirigido pelo grupo radical Hamas. A medida seria uma forma de pressionar o novo governo a renunciar à violência. O Hamas afirma estar pronto para negociar a paz com os israelenses, mas não reconhece o Estado hebreu.

"Por hora, não há pagamentos à Autoridade Palestina", declarou Emma Udwin, porta-voz da comissária européia das Relações Exteriores, Benita Ferrero Waldner. A Comissão Européia, o Executivo da União Européia (UE) – maior doador de ajuda aos palestinos – havia aprovado o pagamento de 120 milhões de euros em fevereiro ao governo palestino provisório, depois das eleições legislativas palestinas de janeiro.

"Levando em conta que o novo governo palestino dirigido pelo Hamas não aceitou os princípios do Quarteto para o Oriente Médio sobre a não-violência, o reconhecimento de Israel e o respeito a acordos anteriores, os Estados Unidos suspendem sua assistência ao governo, ao gabinete e aos ministérios palestinos", declarou um porta-voz do Departamento de Estado americano.

No entanto, Washington aumentará em 57% o auxílio humanitário aos palestinos – para programas de saúde, alimentação ou educação – que poderá chegar a 245 milhões de dólares anuais, acrescentou. Outros 42 milhões de dólares serão consagrados ao "reforço da sociedade civil e a organizações independentes". A ajuda deve chegar pela Organização das Nações Unidas.

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