Milhares de pessoas foram ontem às ruas das principais cidades europeias para lembrar o fim da Segunda Guerra Mundial no continente. A Alemanha nazista se rendeu oficialmente no dia 8 de maio de 1945. O Japão, no entanto, que lutava ao lado da Alemanha, só se rendeu no dia 2 de setembro do mesmo ano, após ter duas bombas atômicas jogadas pelos Estados Unidos nas cidades de Hisoshima e Nagasaki.
Em Paris, o presidente francês François Hollande lembrou que hoje “vivemos a guerra como uma realidade quase abstrata, quando na verdade não está tão longe de nós”. “No Oriente Médio, a umas quatro ou cinco horas em avião, há cidadãos franceses que em nome do doutrinamento vão se perder em lugares de conflito”, disse Hollande. A França foi um dos países mais atingidos durante a Segunda Guerra, pois teve a maior parte de seu território ocupada pelos nazistas entre 1940 e 1945.
A Alemanha também lembrou os 70 anos do fim do nazismo, comemorando uma libertação tanto para o país quanto para toda a Europa, durante uma cerimônia no Reichstag, sede da câmara baixa do Parlamento.
O fim da Segunda Guerra Mundial foi “para todo o continente um dia de libertação”, mas não “um dia em que os alemães conseguiram se libertar sozinhos”, disse o presidente do Bundestag, o parlamento alemão, Norbert Lammert. “Hoje, lembramos as milhares de vítimas de um trabalho de destruição sem precedentes, lançado contra outros povos e nações, contra os eslavos, contra os judeus europeus”.
Em Washington, o presidente americano Barack Obama homenageou a “geração que salvou o mundo” e convocou os americanos a defender as liberdades defendidas há 70 anos.
Em Moscou, o líder russo, Vladimir Putin, isolado devido à crise na Ucrânia, reuniu-se com aliados políticos, como o presidente chinês, Xi Jinping, o venezuelano Nicolás Maduro e o cubano Raúl Castro. Os russos farão uma grande parada hoje em Moscou.