Pescadores sem a licença tiveram as redes apreendidas| Foto: Reprodução Paraná TV

H5N1 mata mulher na Nigéria

Genebra – A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou ontem que uma jovem nigeriana de 22 anos que morreu em meados de janeiro em Lagos foi vítima do vírus H5N1 da gripe aviária. Os testes que confirmaram a causa da morte da vítima – a primeira em toda a África Subsaariana – foram feitos em um laboratório em Londres, especializado em gripe aviária e considerado de referência pela OMS. Após a divulgação do caso, o governo de Lagos informou que o vírus da gripe aviária continuava se propagando no país e já se encontrava em 19 de seus 36 estados, assim como na capital Abuja. Após a aparição do H5N1 na Nigéria, já foi constatada a presença do vírus no Níger, no Egito, em Burkina Fasso, em Camarões e em Djibuti, por enquanto só em aves.

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Londres – É pouco provável que o primeiro caso britânico de vírus H5N1 em aves domésticas cause grande risco, mas a Europa deve preparar-se para mais casos neste inverno. A afirmação é do enviado da Organização das Nações Unidas para o combate à gripe aviária à região, David Nabarro, em entrevista após a descoberta de variedade altamente patogênica do vírus numa granja britânica de criação de perus, na semana passada. "É motivo de preocupação, mas, como a reação foi correta, acho que a preocupação pode ser restrita", disse Nabarro.

As autoridades britânicas começaram a sacrificar os 159 mil perus de uma granja em Holton (leste da Inglaterra), depois de a Comissão Européia confirmar ontem que milhares de aves da granja morreram infectadas pelo tipo mais letal da gripe aviária, e já iniciam a preparação para a possibilidade, ainda remota, de uma pandemia da doença. A ministra da Saúde britânica, Patricia Hewitt, afirmou que seu departamento já começou a se preparar e disse que o Serviço Nacional de Saúde (NHS) tem máscaras suficientes para seu pessoal, mas que o governo estuda a necessidade de adquirir mais. O Ministério tem antivirais Tamiflu suficientes para 25% da população, após receber a recomendação dos cientistas. As autoridades britânicas indicaram ontem que as chances de a gripe aviária H5N1 passar para os humanos são insignificantes.

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O Ministério do Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais britânico impôs uma zona restritiva de 2.090 quilômetros quadrados em torno da granja afetada, após consultar especialistas ornitólogos. Essa zona é maior do que a determinada pela União Européia (UE), que estabelece uma área de proteção de três quilômetros de raio, e outra de vigilância, de 10 quilômetros.

O governo britânico determinou, por causa do incidente, restrições à circulação de aves domésticas no país, para evitar que o vírus da gripe aviária se espalhe. A descoberta do vírus H5N1 na fazenda do principal criador de perus da Europa, localizada a 210 quilômetros de Londres, surpreendeu especialistas, pois se trata de um local de acesso restrito. As pessoas envolvidas no processo de corte dos perus e todos aqueles que podem ter entrado em contato com as aves infectadas estão recebendo um medicamento antiviral como precaução, informaram as autoridades.

Este é o segundo caso do H5N1 detectado na UE neste ano. Anteriormente, havia sido registrado um caso na Hungria. O vírus causou a morte de mais de cem pessoas no mundo todo, especialmente no sudeste asiático. Os analistas temem que esta variante possa mutar até ser capaz de infectar pessoas, o que poderia desencadear uma pandemia.