A Europa viu uma luz de esperança neste domingo (26), quando vários países registraram o menor número de mortes em semanas desde o início da pandemia do novo coronavírus que já tirou a vida de 204 mil pessoas em todo o mundo e infectou quase três milhões. A tendência de baixa observada há vários dias levou vários governos a planejar medidas para flexibilizar o confinamento.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o relaxamento seja feito de maneira lenta e gradual, e não de uma hora para outra. Também tem reiterado que a melhor medida contra o vírus é o distanciamento social.
Depois de seis semanas trancadas em suas casas, as crianças espanholas puderam a dar pequenos passeios e a brincar na rua neste domingo, em um leve relaxamento do confinamento em vigor no país.
Itália, Espanha e França registraram nesse dia a maior queda no número de mortes em semanas. Enquanto os italianos tiveram 260 mortes, os franceses registraram 242 e os espanhóis, 288. Na Espanha e na França, não havia um número tão baixo há cinco semanas. Na Itália, foi o menor número em seis semanas.
Somados, os três países têm mais de 72 mil mortes e quase 586 mil casos confirmados, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos.
Os EUA, com 53 mil mortos e 956 mil pessoas infectadas, continuam sendo o atual epicentro da pandemia.
Itália
Desde 14 de março, a Itália vinha registrando mais de 300 mortes por dia - nos dias de pico, o número ultrapassou 1 mil. A região mais afetada é a Lombardia, no norte, com metade das mortes ocorridas no país (13.325) seguida por Emilia-Romana, com 3.386 mortos e Piemonte, com 2.823.
"Temos de manter o risco o mais baixo possível e evitar um novo aumento das infecções, estabilizando o número de pacientes em terapia intensiva", afirmou Franco Locatelli, presidente do Conselho Superior de Saúde, órgão consultivo do governo italiano.
"Apesar dos avanços, não saímos da tormenta. Temos de continuar com as medidas de distanciamento social e outras que deram resultados concretos no combate ao vírus". O governo fala em reabrir aos poucos a economia a partir do dia 4 de maio.
A partir da data, restaurantes poderão reabrir, mas os clientes não poderão consumir nos locais. Parques públicos também serão reabertos e funerais voltarão a ser permitidos, desde que não reúnam mais de 15 pessoas. Viagens para outras regiões do país continuarão proibidas.
Em 18 de maio, empresas do setor de varejo, exposições e museus retomarão as atividades e equipes profissionais de esporte voltarão a treinar. Já restaurantes, bares e salões de beleza serão autorizados a voltar a operar completamente em 1º de junho. As escolas, por sua vez, só retornarão em setembro.
França
Na França, o primeiro-ministro Edouard Philippe apresentará na tarde de terça-feira (28) a estratégia de suspensão do confinamento que, segundo previsão, deve começar no dia 11.
Espanha
Na Espanha, o número de 288 óbitos é o menor desde 20 de março. Ainda assim, a cifra de mortos chega a 23.190 no terceiro país mais afetado, atrás dos Estados Unidos e Itália. "Estamos consolidando a queda", afirmou o ministro da Saúde, Salvador Illa.
O país começou a flexibilizar o rigoroso confinamento para as crianças. Agora, quem tem até 14 anos pode dar pequenos passeios e brincar fora de casa. Mas só pode fazer isso acompanhado e por no máximo uma hora por dia. Os 47 milhões de habitantes do país estão em confinamento desde 14 de março. Os maiores de 14 anos podem sair sozinhos, mas com autorização, somente para fazer compras ou passear com os cachorros.
Fernando Simón, epidemiologista integrante do Ministério da Saúde, disse que chegou o momento de definir os critérios sobre restrições de deslocamentos, já que as autoridades acreditam que o pico da pandemia já foi superado. A Espanha tem quase 100 mil curados e a pressão sobre instalações médicas também foi reduzida.
Outros países
Outros países europeus como Alemanha, Áustria, Dinamarca e República Checa já iniciaram uma abertura lenta e gradual de suas econômicas após semanas de confinamento.
Direita vê ação contra militares como “cortina de fumaça”; governistas associam caso a Bolsonaro
O que diz o relatório da PF que levou à prisão de militares por plano de morte de Lula e Moraes
PF diz que Braga Netto foi peça-chave em suposto plano de golpe de Estado
Quem são os secretários escolhidos por Trump para compor o governo dos EUA a partir de 2025
Deixe sua opinião