A onda de imigração que atinge a Europa foi motivo de várias manifestações neste sábado em vários países do continente.
Portugal, Grécia, Polônia e Hungria, entre outros, tiveram atos a favor e contrários à acolhida de refugiados e imigrantes, após a União Europeia determinar a cada país que receba um determinado número de refugiados.
O número é calculado levando em consideração a situação econômica do país e o número de refugiados já acolhidos.
Inglaterra
“Quero apoiar os refugiados”, disse Deborah Flatley, em Londres, com um cartão em que estava escrito: “Nós admiramos sua coragem. Eles merecem uma vida feliz e segura. Estamos de braços abertos”.
Com slogans como “fronteiras abertas” ou “a vida dos refugiados importa”, dezenas de milhares de pessoas exigiram em Londres que o governo do premiê David Cameron crie uma política mais generosa de acolhimento aos refugiados que fogem dos conflitos na Síria, no Iraque ou no Afeganistão.
O líder conservador anunciou que o país vai albergar 20 mil refugiados sírios nos próximos cinco anos.
Portugal
Em Portugal, cerca de 200 pessoas se concentraram em Lisboa para apoiar a chegada de refugiados ao país. Um protesto de manifestantes nacionalistas do Partido Nacional Renovador (PNR) provocou tensão na cidade.
As cidades de Felgueiras, Porto, Coimbra e Faro também tiveram eventos para celebrar o Dia Europeu de Ação pelos Refugiados
Hungria
Em Budapeste, na Hungria, centenas de pessoas participaram de um ato pró-imigrantes em frente à estação de Keleti, um dos epicentros do êxodo massivo que cruza Europa.
No local, pela primeira vez em uma semana, havia mais habitantes da cidade do que imigrantes.
Em um palco improvisado, vários grupos de música tocavam para um público bem mais relaxado do que há uma semana.
Grécia
Na Grécia, uma marcha de apoio aos refugiados reuniu cerca de 500 pessoas em Atenas.
Os cartazes dos manifestantes pediam “boas-vindas aos refugiados” e “deportação para os racistas”.
Espanha
“O tratamento que os refugiados estão recebendo é vergonhoso. Não havia nada preparado, e eles estão vindo em muito mau estado”, disse a aposentada Juana Loeches na manifestação realizada em Madrid, onde entre 2.000 e 3.000 pessoas marcharam pelo centro da cidade.
Dinamarca
Na Dinamarca, onde autoridades tentam bloquear o fluxo de migrantes, cerca de 30 mil pessoas manifestaram-se na capital, Copenhague, em favor dos imigrantes.
França
Em Paris, num dia muito chuvoso, apenas algumas centenas de pessoas se manifestaram na praça do Trocadero, em frente à Torre Eiffel, em memória das quase 3.000 pessoas que morreram neste ano tentando chegar à Europa por mar.
Polônia
Em Varsóvia (Polônia), cerca de 5.000 pessoas, de acordo com estimativas da AFP, ou 10 mil, segundo os organizadores, marcharam contra a recepção de imigrantes, “porque são muçulmanos”.
A Polônia concordou em receber cerca de 2.000 refugiados, mas rejeita a política da Comissão Europeia para distribuir os imigrantes em toda a UE como um sistema obrigatório de cotas.
Outras manifestações do mesmo tipo, com centenas de participantes, foram realizadas em Bratislava e Praga, onde os oradores pediram ao governo que tire o país da União Europeia.
Canadá
No Canadá, o premiê Stephen Harper anunciou US$ 100 milhões adicionais para a assistência humanitária aos sírios que estão em campos para refugiados, mas não falou em aumentar o número de acolhidos anunciado em janeiro (10 mil em três anos) e agosto (mais 10 mil em quatro anos).