Bruxelas (EFE/Reuters) O anúncio do primeiro caso de gripe aviária na União Européia (UE), registrado na Grécia, deu ontem um novo sentido de urgência à reunião extraordinária de ministros de Assuntos Exteriores do bloco, os quais estudarão hoje planos para combater de forma mais coordenada a doença. Os ministros, que se reunirão em Luxemburgo, analisarão os últimos dados sobre a gripe aviária após o anúncio de um foco do vírus H5N1 na Grécia, o primeiro dentro da UE, e de outros detectados na Romênia e na Turquia.
As autoridades gregas aceitaram, "como medida de prevenção", restringir o transporte de aves e produtos derivados da área afetada pela gripe aviária, anunciou ontem a Comissão Européia (CE), órgão executivo da UE. Trata-se da primeira medida após o anúncio grego da detecção do primeiro foco do vírus dentro do bloco.
Restrição total
A Comissão prepara uma medida para proibir definitivamente o transporte de aves e derivados da "área infectada", a região da ilha Chíos. A determinação deve ser anunciada hoje, após os resultados de novas análises. Por enquanto, a CE está considerando o caso da Grécia como "suspeito" até que sejam realizados testes virológicos que confirmem definitivamente a análise sorológica realizada, a qual indica a presença de anticorpos do vírus H5.
As provas definitivas se realizam no laboratório nacional de referência grego de Salônica. Além disso, a CE pediu o envio "imediato" de amostras ao laboratório de referência do bloco em Weybridge (Reino Unido).
A Comissão, no entanto, considera a confirmação provável, dada a proximidade da Grécia com os outros dois países europeus que têm casos registrados, Turquia e Romênia. Nos dois países aves contaminadas viviam perto de áreas em que se registra a presença de pássaros migratórios.
Para a Organização das Nações Unidas, o mais preocupante é que a doença chegue à África, continente mais vulnerável que a Europa em razão da falta de recursos econômicos para o controle sanitário. Joseph Domenech, veterinário-chefe da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), disse que as rotas de migração das aves que levaram o vírus da gripe aviária para a Turquia e a Romênia terminavam no leste da África, tornando provável que a doença chegue ali também.
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