• Carregando...
Soldado ucraniano monta guarda num campo militar da Ucrânia, perto da fronteira com a Rússia | Yannis Behrakis/Reuters
Soldado ucraniano monta guarda num campo militar da Ucrânia, perto da fronteira com a Rússia| Foto: Yannis Behrakis/Reuters

Personagem

União Europeia inclui vice-primeiro-ministro russo entre sancionados

Folhapress

A União Europeia (UE) ampliou a lista de personalidades russas e ucranianas punidas, acrescentando 12 autoridades, entre elas o vice-primeiro-ministro russo Dimitri Rogozin, assim como alguns membros do círculo íntimo do presidente Vladimir Putin. A medida, estipulada pelos líderes comunitários na cúpula realizada em Bruxelas, na Bélgica, entrou em vigor rapidamente ao ser publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial da UE. Deste modo, a lista de sancionados criada na última segunda-feira sobe para 33 pessoas, que tiveram seus bens congelados e foram proibidos de viajar para território do bloco europeu por seu envolvimento na organização do referendo para a anexação da Crimeia à Rússia. Na nova lista estão, além de Rogozin, funcionários militares de alto escalão e conselheiros de Putin. Junto a Rogozin, que já figura na lista de autoridades sancionadas por Washington, estão os presidentes do Conselho da Federação (o senado russo), Valentina Matvienko, e da Duma (câmara baixa), Serguei Narychkin, assim como uma deputada, Elena Mizulina, impulsionadora das propostas legislativas para permitir que regiões de outros países se incorporem à Federação da Rússia.

OSCE

A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa é formada por 57 Estados e tem como objetivo a promoção dos valores democráticos, dos direitos humanos e a prevenção de conflitos em um espaço geográfico que vai de Vancouver, no Canadá, até Vladivostok, na Rússia.

  • Mulher com retrato de Putin em comemoração no centro de Simferopol, região da Crimeia

Os estados da Organização para a Segurança e Coope­ração na Europa (OSCE) definiram ontem o envio de cem observadores à Ucrânia, sem incluir a Crimeia, para supervisionar o cumprimento dos acordos sobre direitos humanos e civis, o respeito às minorias e avaliar a situação da segurança.

A missão terá duração inicial de seis meses, prorrogável por outros seis. Segundo a OSCE, o número inicial de observadores, cem, poderá subir para 400, conforme a necessidade.

A delegação começará a se posicionar nas próximas 24 horas em nove regiões do país, incluindo o leste e o sudeste, áreas de grande população russófona, em cidades como Donetsk, Lugansk e Kharkiv, e também em em Odessa (no sul) e em Kherson, na divisa com a Crimeia.

"Esta é uma contribuição importante para suavizar a situação na Ucrânia", destacou o embaixador suíço na OSCE e atual presidente do Conselho Perma­nente da organização, Tho­mas Greminger.

Sobre a Crimeia não estar incluída entre as regiões que os analistas da OSCE visitarão, o representante suíço se limitou a dizer que "os Estados participantes concordaram em uma primeira etapa de que a missão irá a essas nove regiões".

Mais taxativo foi o embaixador russo, Andrei Kelin, que declarou aos jornalistas que a missão reflete as "realidades geopolíticas", e como a Crimeia é atualmente parte da Rússia não entra dentro do raio de ação de uma missão para a Ucrânia.

"A Crimeia se transformou em parte da federação russa", ressaltou o diplomata Kelin, e, como a missão está destinada à Ucrânia, trata-se de "outro Estado e, portanto, não tem mandato para a Crimeia".

O diplomata russo disse que este é um primeiro passo para diminuir as tensões na Ucrânia.

Já o representante dos Estados Unidos na OSCE, Daniel Baer, garantiu que a Crimeia é parte da Ucrânia e que a missão no futuro deveria ter acesso à península.

A Rússia tinha vetado sozinha por três vezes nas últimas duas semanas o envio de uma ampla missão de observadores internacionais à Ucrânia, o que lhe valeu críticas de vários membros da OSCE.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]