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Diplomacia

Europeus enviam missão de inspetores à Ucrânia

Delegação vai se posicionar em nove regiões do país, sobretudo em áreas de grande população russófona como Donetsk e Odessa

Soldado ucraniano monta guarda num campo militar da Ucrânia, perto da fronteira com a Rússia | Yannis Behrakis/Reuters
Soldado ucraniano monta guarda num campo militar da Ucrânia, perto da fronteira com a Rússia (Foto: Yannis Behrakis/Reuters)
Mulher com retrato de Putin em comemoração no centro de Simferopol, região da Crimeia |

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Mulher com retrato de Putin em comemoração no centro de Simferopol, região da Crimeia

Os estados da Organização para a Segurança e Coope­ração na Europa (OSCE) definiram ontem o envio de cem observadores à Ucrânia, sem incluir a Crimeia, para supervisionar o cumprimento dos acordos sobre direitos humanos e civis, o respeito às minorias e avaliar a situação da segurança.

A missão terá duração inicial de seis meses, prorrogável por outros seis. Segundo a OSCE, o número inicial de observadores, cem, poderá subir para 400, conforme a necessidade.

A delegação começará a se posicionar nas próximas 24 horas em nove regiões do país, incluindo o leste e o sudeste, áreas de grande população russófona, em cidades como Donetsk, Lugansk e Kharkiv, e também em em Odessa (no sul) e em Kherson, na divisa com a Crimeia.

"Esta é uma contribuição importante para suavizar a situação na Ucrânia", destacou o embaixador suíço na OSCE e atual presidente do Conselho Perma­nente da organização, Tho­mas Greminger.

Sobre a Crimeia não estar incluída entre as regiões que os analistas da OSCE visitarão, o representante suíço se limitou a dizer que "os Estados participantes concordaram em uma primeira etapa de que a missão irá a essas nove regiões".

Mais taxativo foi o embaixador russo, Andrei Kelin, que declarou aos jornalistas que a missão reflete as "realidades geopolíticas", e como a Crimeia é atualmente parte da Rússia não entra dentro do raio de ação de uma missão para a Ucrânia.

"A Crimeia se transformou em parte da federação russa", ressaltou o diplomata Kelin, e, como a missão está destinada à Ucrânia, trata-se de "outro Estado e, portanto, não tem mandato para a Crimeia".

O diplomata russo disse que este é um primeiro passo para diminuir as tensões na Ucrânia.

Já o representante dos Estados Unidos na OSCE, Daniel Baer, garantiu que a Crimeia é parte da Ucrânia e que a missão no futuro deveria ter acesso à península.

A Rússia tinha vetado sozinha por três vezes nas últimas duas semanas o envio de uma ampla missão de observadores internacionais à Ucrânia, o que lhe valeu críticas de vários membros da OSCE.

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