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Religião

Europeus temem ataques a cristãos

Padre copta – religião cristã do Egito – reza missa em Dijon, na França: ataques em Alexandria fizeram 23 mortos no ano-novo | Jeff Pachoud/AFP
Padre copta – religião cristã do Egito – reza missa em Dijon, na França: ataques em Alexandria fizeram 23 mortos no ano-novo (Foto: Jeff Pachoud/AFP)

Bruxelas - Itália, França, Polônia e Hungria enviaram ontem um pedido para a chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, a fim de que "medidas concretas" sejam adotadas para frear a perseguição aos cristãos.

O chefe da diplomacia italiana, Franco Frattini, enviou a Ashton uma carta assinada também pelos ministros de Relações Exte­­riores da França, Michele Alliot Marie; da Polônia, Ra­­doslaw Si­­korski e da Hungria, Janos Martonyi, segundo informaram fontes do ministério italiano.

Os ministros solicitaram a Ashton que a questão da perseguição aos cristãos esteja na ordem do dia da reunião de 31 de janeiro em Bruxelas, capital da Bélgica e sede do bloco econômico europeu. No documento, os autores pedem para que os governos adotem "medidas concretas" para promover "o respeito à liberdade de religião e de expressão".

Os ministros ainda disseram que a UE "não pode ser indiferente ao que está ocorrendo nos últimos meses", e "que devem ser considerados inaceitáveis a incitação da violência e o uso dela em relação às diferentes comunidades religiosas".

No dia 2 de janeiro, o Papa Bento XVI também fez uma convocação à comunidade internacional para que atue e defenda a liberdade religiosa, depois do atentado ocorrido em uma igreja copta – cristãos egípcios – em Alexandria no último dia do ano passado, ação que resultou na morte de 23 pessoas, além de ter feito 90 feridos. Outros confrontos ocorreram na Nigéria e deixaram dezenas de mortos.

Sarkozy

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, denunciou também ontem um "plano particularmente perverso de depuração religiosa no Oriente Médio", após o atentado registrado no ano-novo no Egito e a perseguição de outras comunidades cristãs na região.

"Não podemos tolerar o que cada vez se parece mais com um plano particularmente perverso de depuração religiosa no Ori­­ente Médio", declarou Sar­­kozy em discurso de ano novo perante as autoridades religiosas da França.

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