A agência de inteligência policial conjunta da União Europeia (Europol) comunicou nesta segunda-feira (24) a prisão de 62 integrantes de uma organização criminosa envolvida com o tráfico de pessoas.
De acordo com as informações divulgadas pela polícia, o grupo facilitava a entrada ilegal de cubanos em países europeus como a Grécia, Macedônia do Norte, Itália e Espanha. Em troca, os criminosos cobravam o valor de, aproximadamente, 9.000 euros (cerca de R$ 47.000) pelo "serviço".
No entanto, conforme detalhou a Europol, esses migrantes acabavam entrando em uma rede de tráfico, principalmente as mulheres, que passavam para outras organização voltadas ao comércio sexual. Já os mais novos eram responsáveis por cometer roubos e extorsões, explicou a agência.
Após uma longa investigação que teve início em 2021, a polícia conseguiu entender a rota criada pelos traficantes: eles levavam os cubanos até a Sérvia, onde não era necessário visto para entrada, e, a partir de lá, eles eram direcionados aos países mencionados.
Um dos comunicados da Europol acrescenta que, após deixarem a Sérvia, os cubanos tinham a opção de pedir asilo ou continuar a rota até outras localidades, sendo as preferidas da maioria a Espanha e Itália.
Detalhes das investigações ainda apontam que o "serviço" da rede criminosa era oferecido por meio de um aplicativo de conversas "muito conhecido".
A equipe responsável pela megaoperação apreendeu documentos falsos, 18 imóveis, mais de 30 veículos, contas bancárias e dinheiro. A Interpol contribuiu com a identificação e prisão dos criminosos.
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