Uma celebração em ação de graças à canonização do papa João Paulo II ocorreu ontem no Bosque do Papa, em Curitiba. Durante mais de duas horas, cerca de 200 fiéis, autoridades e membros da Igreja relembraram momentos da visita de Karol Wojtyla, o papa polonês, a Curitiba, em junho de 1980, e prestaram homenagens a São João Paulo II.
A programação começou com a apresentação da banda da Polícia Militar do Paraná e teve ainda a participação de corais, orações e saudações de grupos folclóricos poloneses, alemães e espanhóis. As pessoas presentes puderam ouvir um trecho da gravação da palavra do papa João Paulo II nas cerimônias da visita que fez à capital paranaense. No final, houve a celebração de uma missa.
Para o Reitor da Missão Católica Polonesa no Brasil, padre Zdzislaw Malczewski, a canonização do papa João Paulo II é um momento histórico para os católicos de todo o mundo. "O empenho e dedicação do papa polonês na união dos povos tornou o seu pontificado universal. Nas três visitas feitas ao Brasil, João Paulo II procurou transmitir mensagens de amor, caridade e esperança e despertar esses sentimentos nas pessoas", disse. Ele destacou ainda a importância da homenagem organizada pela comunidade polonesa em Curitiba. "O papa escolheu visitar Curitiba. A cidade não estava no trajeto definido pela Conferência Episcopal, mas ele queria conhecê-la. Isso é motivo de grande honra para todos nós", afirmou.
Presente na celebração, o prefeito Gustavo Fruet reafirmou o compromisso de Curitiba na preservação do Bosque do Papa, local que leva o nome do pontífice e foi feito em homenagem a passagem de João Paulo II pela capital. "A canonização foi um evento repleto de emoções para poloneses e católicos. O papa João Paulo II foi o líder de transformações importantíssimas. Temos a missão de preservar e enaltecer as lições de amor deixadas por ele", disse Fruet.
Vaticano
Curitibanos viajam para acompanhar a santificação dos papas
Denise Drechsel, enviada especial
Em meio ao público que viajou para ver a canonização, havia curitibanos. "Visitar a Basílica de São Pedro, onde estão os papas santos, foi muita emoção para mim, e os Museus Vaticanos", conta a curitibana e descendente de poloneses Vera Lúcia de Amorim, 62 anos, que viajou em um grupo montado para acompanhar as santificações. Antes de chegar na capital italiana, o grupo esteve em outras cidades como Florença e Assis. "Mas para nós o momento especial ainda está por chegar, estamos ansiosos com o momento de ver os dois papas santos", disse a professora curitibana Denise Maria Cubas César, de 66 anos. "Tive a sorte de viver no período dos dois papas e, para mim, antes de morrerem, com a sua simplicidade e humildade, já eram santos; por isso é muito especial estar aqui", completou.