O porta-contêineres de bandeira panamenha Ever Given voltou a navegar nesta quarta-feira (6), após ter ficado retido pelas autoridades egípcias no Canal de Suez desde o final de março. A liberação veio depois que a empresa proprietária do navio chegou a um acordo financeiro pelo bloqueio desta rota.
O grande navio de 400 metros de comprimento ergueu as âncoras por volta das 11h20 (horário local, 6h20 de Brasília), conforme constatado pela Agência Efe, no Grande Lago localizado na parte central do Canal de Suez, onde estava com toda a sua tripulação a bordo por ordem de um tribunal egípcio.
Ontem, o Tribunal Econômico da cidade de Ismailiya, localizada próximo ao canal, decidiu suspender a ordem emitida em 13 de abril para permitir que o Ever Given navegue livremente, depois que a Autoridade do Canal de Suez notificou que havia chegado a um acordo com a empresa japonesa Shoei Kisen.
O acordo deverá ser assinado nesta quarta pelo chefe da Autoridade do Canal de Suez, almirante Osama Rabie, o representante da empresa japonesa e "vários embaixadores e parceiros internacionais", segundo foi anunciado pela entidade gestora no início da semana.
Os detalhes do acordo final ainda são desconhecidos, mas a Autoridade do Canal exigiu inicialmente uma indenização de US$ 916 milhões, que após meses de negociações concordou em reduzir para US$ 550 milhões devido aos danos causados.
O Ever Given seguirá rumo ao porto de Rotterdam, na Holanda, que era seu destino final quando ficou encalhado em uma margem do Canal de Suez no final de março.
O grande navio bloqueou o tráfego marítimo nas duas direções do Canal de Suez durante seis dias, causando o congestionamento de centenas de barcos, o que provocou atrasos no transporte de mercadorias e perdas de milhões de dólares.
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