O presidente boliviano Evo Morales anunciou dez novos nomes para seu gabinete, após 20 ministros renunciarem a seus cargos nesta segunda-feira (23). Os novos ministros são antigos aliados e pessoas próximas a Evo, que inicia nesta segunda-feira seu sétimo ano de governo.

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Morales disse que se viu "obrigado a fazer mudanças para (oferecer) um serviço melhor ao povo", e reconheceu que teve que abrir mão de alguns ministros por causa de problemas de saúde e problemas familiares.

As pastas de Hidrocarbonetos, Mineração, Saúde, Obras Públicas, Justiça, Meio Ambiente e Comunicação tiveram novos nomes anunciados. Uma das mudanças mais significativas foi o retorno de Juan Ramón Quintana para a Secretaria da Presidência, que ele já comandou durante o primeiro mandato de Morales e cujo antigo titular, Carlos Romero, passou para o Ministério do Interior.

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"Após a conclusão de um novo ano, nós introduzimos a renúncia coletiva. O presidente tem a oportunidade de nomear o seu gabinete e a posse será na próximas horas", disse mais cedo Carlos Romero, ainda como representante da presidência, em uma coletiva de imprensa.

Nesta segunda-feira, Morales começou o terceiro ano do Estado Plurinacional, que fundou com uma nova Constituição, em 2009. Este é o sétimo de seu governo, que deve terminar em 2015. Em seu relatório à Assembleia Legislativa neste domingo, ele destacou o progresso e realizações e delineou as tarefas pela frente.

Pesquisas indicam que a popularidade do primeiro presidente indígena encolheu para cerca de 40%. Índice muito distante dos 70% de aprovação que obteve no início seu segundo mandato em janeiro de 2010. O ano novo começa para Morales com muitos desafios, entre eles a luta com os índios do Leste e do Sul da Bolívia.

Mudanças

Nos seis anos de mandato, o presidente boliviano evitou fazer grandes mudanças em seu gabinete e manteve seus principais colaboradores. O ministro das Finanças, Luis Arce, e o chanceler David Choquehuanca, por exemplo, o acompanhavam desde 2006.

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