O presidente de Bolívia, Evo Morales, autorizou o funcionamento de um terceiro mercado nacional para a comercialização das folhas de coca e anunciou um programa de erradicação de 5 mil hectares de plantações com o objetivo de combater a venda ilegal para a fabricação de cocaína. O embaixador dos Estados Unidos, David Greenlee, afirmou que a decisão contraria a legislação antidrogas do país, que só autoriza dois mercados para vender as folhas de coca.

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O novo posto permitirá o escoamento da produção de 3 mil camponeses pela capital, Bogotá. O governo anunciou que o novo mercado será temporário, enquanto se concluem estudos sobre a demanda legal de folhas de cocas no país."Jamais haverá zero coca, mas também não pode haver livre cultivo,"disse Morales em discurso diante de 10 mil pessoas no pequeno estádio de Caranavi.

Ele atacou setores americanos que dizem que o fabrico de cocaína será livre na Bolívia porque o presidente vivia do cultivo de folhas de coca. Ele disse que isso não acontecerá e que procurará novas fórmulas para resolver o problema, ressaltando que políticas anteriores de usar a força e de oferecer indenização fracassaram. Morales anunciou um programa de industrialização do café, primeiro produto da região, acima até da folha de coca, com financiamento do governo venezuelano.

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