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O presidente da Bolívia, Evo Morales, assinou nesta quarta-feira um decreto para aumentar seu salário em 20%, até os US$ 2,5 mil, com o argumento de que "foi pressionado" a fazer isso para permitir um aumento dos salários dos profissionais do Estado.

Morales disse em discurso na porta do Palácio do Governo em La Paz que na "verdade não gosta" da ideia de aumentar o salário, que até agora era de US$ 2,1 mil, mas que se sentiu obrigado a fazer por essa razão.

O presidente explicou que profissionais que trabalham para o Estado, como os docentes universitários, pediram um aumento de salário porque na Bolívia os empregados estatais, salvo casos excepcionais em empresas estratégicas, não podem ganhar mais do que seu líder.

Morales insistiu que as universidades estatais estão perdendo seus melhores profissionais porque não tiveram aumento desde 2006.

"Este fato me obriga fazer com que o salário do presidente use uma nova escala salarial referente a 15 salários mínimos. Repito, não gosto, mas fui obrigado depois que entendi que nossos profissionais não vão para o setor privado", ressaltou.

Os 15 salários mínimos somam neste ano US$ 2,5 mil.

Ao chegou ao poder em 2006, Morales aprovou, em sinal de austeridade, o rebaixamento do salário presidencial à metade, a quase US$ 2 mil.

Morales também anunciou nesta quarta-feira, por decreto, o primeiro aumento em 11 anos para os empregados das entidades governamentais.

O setor se beneficiará com um aumento de 8% da massa salarial, mas com uma fórmula que permitirá aumentar até em 13% os que ganhem menos e 7% aos cargos diretores.

No mês passado, Morales já fixou em 8% o aumento salarial geral para outros setores dependentes do Estado, como professores, médicos, militares e policiais, e também para o setor privado.

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