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BRICS

Aliado histórico de Lula, Evo Morales critica Brasil após veto à Venezuela no BRICS

O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales (Foto: EFE/Jorge Abrego)

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O ex-presidente da Bolívia Evo Morales, aliado histórico do presidente Lula, usou as redes sociais para criticar a decisão do governo brasileiro de vetar a entrada da Venezuela no Brics, durante a cúpula encerrada na última sexta-feira em Kazan, na Rússia.

Em post na rede social X (antigo Twitter), o ex-chefe do Executivo boliviano saudou os representantes do bloco composto por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos. “É muito claro que um novo mundo está nascendo. Contudo, lamentamos que o veto imposto pelo governo de Jair Bolsonaro seja mantido em relação à Venezuela. Este erro deve ser corrigido o mais rápido possível. A Venezuela tem um papel muito importante na tarefa de construir um mundo multipolar”, escreveu o político, que tem enfrentado nos últimos meses denúncias de crimes de tráfico de pessoas e estupro com uma menor de idade na Justiça boliviana.

Na última quinta-feira (24), o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela também divulgou um comunicado em que fez duras crítivas ao governo Lula, aliado histórico do chavismo venezuelano.

“[...] através de uma ação que contraria a natureza e o postulado dos Brics, a representação da chancelaria brasileira (Itamaraty), liderada pelo embaixador Eduardo Paes Saboia, decidiu manter o veto que [o ex-presidente Jair] Bolsonaro aplicou durante anos à Venezuela, reproduzindo o ódio, a exclusão e a intolerância promovidos desde os centros de poder ocidentais para impedir, por enquanto, a entrada da Pátria de Bolívar nesta organização, numa ação que constitui uma agressão contra a Venezuela e um gesto hostil que se soma à política criminosa de sanções que foram impostas contra um povo corajoso e revolucionário, como o povo venezuelano”, diz a nota.

“O povo venezuelano sente indignação e vergonha por esta agressão inexplicável e imoral da chancelaria brasileira (Itamaraty), mantendo a pior das políticas de Jair Bolsonaro contra a Revolução Bolivariana fundada pelo Comandante Hugo Chávez”, acrescentou o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela.

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