O presidente da Bolívia, Evo Morales, convocou nesta quinta-feira (28) um referendo nacional para o dia 7 de dezembro com o objetivo de aprovar uma nova Constituição que é fortemente rechaçada pela oposição conservadora assentada em várias regiões do país.

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A convocação foi lançada por um decreto supremo, horas depois de a Corte Nacional Eleitoral ter confirmado, em caráter inapelável, o esmagador triunfo do governante indígena em um referendo de 10 de agosto, que poderia ter revogado seu mandato e do qual a oposição saiu debilitada.

"Não obstante os avanços democráticos, o país tem sido testemunha de grande resistência de setores conservadores da sociedade e algumas instituições apegadas ao passado", disse o decreto da convocação lido em um ato noturno repleto de delegações indígenas no presidencial Palácio Quemado.

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Os prefeitos regionais opositores haviam ameaçado na quarta-feira impedir em seus distritos a realização do referendo sobre a nova Constituição.

Caso ocorra, a entrada em vigor da nova Constituição marcará a "refundação" da Bolívia, prometida por Morales para dar mais poder aos indígenas e consolidar uma economia "anti-liberal" regida pelo Estado.

Simultaneamente ao referendo constitucional, se realizam eleições de autoridades regionais.

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